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Sindicato diz que Equatorial demitiu mais de mil funcionários em um ano no Piauí

A empresa não confirmou o número de funcionários demitidos e disse que as demissões fazem parte de um processo de reestruturação econômico-financeiro

Alinny Maria

Terça - 18/02/2020 às 15:54



Foto: Reprodução Fachada da Equatorial
Fachada da Equatorial

Pelo menos 1.400 funcionários da Equatorial Piauí foram demitidos nos últimos 12 meses segundo a denúncia do Sindicato dos Urbanitários do Piauí (Sintepi). A Equatorial informou que está havendo um processo de reestruturação econômico-financeira em curso na empresa e por isso há a necessidade urgente de adequação do quadro de pessoal.

Na sexta-feira (14), 150 trabalhadores demitidos se reuniram com o Sintepi para tentar buscar soluções por vias jurídicas para reparação moral e material dos trabalhadores que eram concursados e foram demitidos sem justa causa pela empresa privada. 

De acordo com o Sindicato estas demissões sem justa causa trazerem impactos relevantes para economia do Estado e para a prestação do serviço, pois seriam mais de mil funcionários capacitados sendo substituídos por mão de obra terceirizada, ocasionando a precarização da distribuição e manutenção de energia elétrica no Estado. “Exemplo disso vemos todos os dias, com o grande número de reclamações de consumidores insatisfeitos com os serviços que vêm sendo prestados pela Equatorial, empresa que lidera o número de reclamações no Proncon”, pontuou o presidente dos Urbanitários, Francisco Marques.

Os consumidores reclamam da demora da Equatorial para realizar o serviço de restabelecimento da energia elétrica. Na última sexta-feira, moradores da zona Sudeste realizaram um protesto após ficaram mais de 24 horas sem energia. Na manhã de hoje, por volta das 11h22, houve falta de energia em um condomínio com 580 unidades situado no bairro Gurupi e a equipe da Equatorial só compareceu ao local às 16h. O Sintepi ressalta que não há funcionários suficientes para atender a demanda e isso causa transtornos e prejuízos à população.

Em nota, a Equatorial Piauí disse ainda que a grande maioria dos colaboradores desligados da empresa apresentaram pedido de desligamento espontâneo no âmbito dos dois Programas de Demissão Voluntária (PDV’s) ofertados pela Equatorial Piauí. 

Veja a nota da Equatorial:

"A administração da Equatorial Piauí segue totalmente comprometida com o necessário processo de reestruturação econômico-financeira em curso na empresa e este reequilíbrio passa necessariamente pela urgente adequação do quadro de pessoal a real necessidade operacional da Companhia.

Importante registrar que todo e qualquer ato de desligamento que venha a ocorrer na Equatorial Piauí, inerente ao processo de reorganização da Companhia, é ato de gestão ordinária da empresa, sendo sempre praticado em respeito às normas trabalhistas vigentes.

Importante esclarecer, ainda, que a grande maioria dos colaboradores desligados da empresa apresentaram pedido de desligamento espontâneo no âmbito dos dois Programas de Demissão Voluntária (PDV’s) ofertados pela Equatorial Piauí.

Destaca-se que, além dos PDV’s, outras alternativas foram apresentadas pela Companhia para atenuar o impacto do processo de adequação do quadro de pessoal da empresa, porém elas não foram aceitas pela entidade Sindical da categoria.

Por fim, a Equatorial Piauí reitera que se manterá firme no compromisso de retomar os investimentos para melhoria do sistema elétrico do estado do Piauí, que em 2019 superou a monta de 300 milhões de reais, para oferecer uma energia cada vez melhor com transparência e responsabilidade. E os investimentos continuam em 2020. Mais de 300 milhões de reais são previstos para este ano em melhorias do sistema elétrico".

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