Morreu nesta quinta-feira (13), em Teresina, o jornalista e radialista Weyden Cunha, de 81 anos, reconhecido como uma das vozes mais marcantes da capital. As causas da morte não foram reveladas pela família.
Desde jovem, Weyden demonstrou forte interesse pelas questões sociais e políticas. Aos 18 anos, no Rio de Janeiro, participou ativamente do movimento estudantil, chegando a ser diretor do restaurante Calabouço, espaço que garantia refeições gratuitas a estudantes. Viveu momentos intensos de militância, cursou Filosofia por um ano e meio e enfrentou prisões diversas vezes no início da ditadura militar.
Foi ainda nos anos 1960 que iniciou seu percurso no jornalismo, escrevendo para o Correio da Manhã, onde tratava de cinema, uma de suas grandes paixões. Anos depois, mudou-se para Goiânia e atuou na área de publicidade, mas a saudade da família e de Teresina o trouxe de volta ao Piauí.
Carreira marcante na imprensa piauiense
De volta a Teresina, ingressou na Rádio Difusora, onde, já no primeiro trabalho, entrevistou o então governador Alberto Silva. A partir dali, consolidou uma trajetória brilhante no rádio, na TV e no jornalismo impresso.
Seu programa “Das 3, simplesmente a melhor” tornou-se um marco de audiência na Rádio Difusora e projetou seu nome como um dos comunicadores mais queridos do público. Ao longo da carreira, cobriu temas diversos como música, política, esportes e cultura, e viveu momentos históricos, como a cobertura da visita do Papa João Paulo II ao Piauí, na década de 1980, uma de suas reportagens mais lembradas.
Um apaixonado por Teresina
Weyden Cunha sempre foi conhecido por exaltar Teresina. Destacava a hospitalidade do povo e a beleza das mulheres da cidade, afirmando repetidas vezes que a capital piauiense era insubstituível no seu coração. A única rival nesse amor, dizia ele, era sua família: a esposa, os três filhos e as duas netinhas, a quem costumava chamar de “Nota 10”.
Legado de talento e compromisso
Ao longo de décadas, Weyden se consolidou como um dos profissionais mais respeitados e admirados da comunicação piauiense. Seja no rádio, na TV ou na crônica impressa, manteve o compromisso com a verdade, a sensibilidade narrativa e o olhar afetuoso sobre sua cidade.
Weyden Cunha deixa um legado que transcende sua atuação profissional: deixa memória, história, voz e afeto. Um patrimônio humano da comunicação do Piauí.
Velório
O velório acontece desde meio dia até às 16h desta sexta-feira, no Espaço Céu da Pax União, localizada na Avenida Miguel Rosa. O sepultamento acontece em seguida.