Nessa quinta-feira, 22, o biólogo e chef cook (cozinheiro de insetos), Casé Oliveira, apresentou uma palestra sobre "Insetos alimentícios para a continuidade da vida no planeta Terra", no auditório central da Embrapa Meio-Norte, zona Norte de Teresina. No evento, ele preparou um prato típico da gastronomia do mundo dos invertebrados: bruscheta fatiada com maionese de leite e besouros na fase jovem polvilhados. A plateia saboreou a iguaria, que é uma das principais do menu do consagrado cozinheiro de insetos.
Estudos sugerem que futuramente a maioria da população mundial irá comer insetos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a maioria da população mundial vai comer insetos dentro de alguns anos. Em algumas regiões da África, Ásia e América Latina, quase um terço da população mundial, já os consomem.
Segundo Oliveira, a produção de proteína animal hoje no planeta é responsável por 30% das emissões de gás de efeito estufa, além de consumir muita água e 160 vezes mais espaço à produção de outros alimentos. Ele defende a produção e o consumo dos insetos alimentícios como sendo de “alto valor biológico, de baixo impacto ambiental e nutritivos”.
Os insetos são ricos em proteína e já estão há anos na alimentação de países africanos, por recomendação da própria Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). Segundo a instituição, os insetos-comida mais populares são: besouros, em primeiro lugar com 31%, seguidos das lagartas (18%), abelhas, vespas e formigas (14%). Os grilos e gafanhotos seguem com 13%. Ainda de acordo com a ONU, as outras posições são preenchidas pelas cigarras, os cupins e as libélulas.
Em Teresina, o biólogo também apresentou alimentos como sal de grilo, chocogrilo, pirulitos com escorpiões e até farinha de larvas.
Fonte: Com informações da Embrapa