'Quero mostrar para mim mesmo do que sou capaz', afirma Muralha

Depois de período turbulento no Flamengo, Muralha disputa a semifinal do Campeonato Paranaense pelo Coritiba


Muralha

Muralha Foto: Coluna do Flamengo

Muralha viveu um período de altos e baixos no Flamengo. Depois de um bom início e de chegar à seleção brasileira em 2016 e 2017, o goleiro acumulou falhas, perdeu espaço e chegou a ser o terceiro goleiro. Passou uma temporada no futebol japonês. Neste ano, foi contratado pelo Coritiba para substituir o veterano Wilson, que foi submetido a uma cirurgia na mão. Nesta quarta-feira, Muralha disputa a semifinal do Campeonato Paranaense diante do Athletico. O Toledo já é finalista. Em entrevista ao Estado, o arqueiro afirma que as críticas que sofreu no Flamengo passaram do ponto. "Não preciso provar nada para ninguém, mas quero provar para mim mesmo do que sou capaz", diz o goleiro de 29 anos.

Como avalia suas primeiras semanas no Coritiba?

As minhas primeiras semanas no Coritiba foram muito boas. Vou sempre dar a minha vida por esse clube. Fui bem recebido pelos meus companheiros. Já conhecia parte do elenco, pois joguei junto com alguns; outros eu enfrentei. Isso ajuda bastante. Eles me deram muita confiança. Também tenho feito um trabalho excelente com o preparador de goleiros e toda a comissão técnica ao lado dos outros goleiros. O que eu tenho a dizer é que esse início de temporada tem sido muito bom.

Como se sente sendo festejado por torcedores do adversário?

É algo meio atípico, mas tem sido muito bacana. Às vezes, quando vou ao shopping, no posto de gasolina ou saio para jantar, vem torcedores de todos os times dizer que estão felizes em me ver jogando novamente, que estão na torcida. E isso me dá confiança, mostra o quanto sou querido pelas pessoas.

Você considera o período atual como sua volta por cima no futebol brasileiro?

Não diria que é a minha volta por cima no futebol brasileiro, até porque acho que algumas críticas passaram um pouco do ponto. Sempre aceitarei críticas. Mas houve um certo exagero em determinados momentos. Virei a página para reconstruir uma nova. É um período de mostrar para mim mesmo do que sou capaz. Hoje, não preciso provar nada para ninguém, mas todo dia tenho que provar para mim mesmo o quanto sou bom naquilo que eu faço. Agradeço a Deus pelo dom que Ele me deu, de ser goleiro, e trabalho todo dia para poder ajudar os meus companheiros dentro de campo.

Como foi o período no futebol japonês? Quais os pontos positivos? E as dificuldades?

O período no Japão foi muito bom, porque eu sabia que um ambiente diferente me faria bem. E o mais importante, para mim, é que atuei em alto nível quase toda a temporada. Era uma cultura bem diferente da nossa, um estilo bem diferente de futebol, com características distintas, mas mesmo assim cumpri todo o meu contrato jogando em bom nível técnico e físico. Tínhamos uma equipe jovem, mas que conseguiu superar os momentos mais difíceis.

Quanto aos momentos mais difíceis, acredito que foi o de comunicação mesmo, de entender o idioma, mas tive a ajuda dos meus companheiros, dos intérpretes, o que acabou facilitando bastante.

Olhando para tudo o que passou, como você avalia o período em que esteve no Flamengo?

Tirando aquela situação de turbulência, meu período foi muito bom. Era um sonho de pequeno chegar a um time como o Flamengo. De jogar, ser campeão, chegar à seleção brasileira. Quem não imagina isso desde criança? Só tenho que agradecer à instituição por tudo. Não tenho mágoa nenhuma, só agradecimento. Vivi, fiz muitos amigos, conheci pessoas incríveis. Então para mim foi mágico, foi um lugar onde fui feliz.

Quais são seus planos para 2019?

É conseguir jogar o maior número de jogos, poder ajudar o Coritiba a conquistar os seus objetivos, que hoje são os meus também, que é lutar para ser campeão estadual. Recolocá-lo em seu verdadeiro lugar, que é a primeira divisão do futebol brasileiro. Vamos lutar muito por esse acesso. O Coritiba é um clube grande, que não merece estar na série B, por tudo o que representa, por toda a estrutura que tem, pelos jogadores que passaram e os que estão aqui hoje.

Fonte: Estadão

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