AUDIVISUAL

Lançado documentário que aborda vida de mulheres no cárcere

O curta discute a mudança individual das mulheres em situação carcerária, através da dança


Documentário

Documentário Foto: Ascom

Foi realizado na noite de ontem (26), no Teatro Torquato Neto, em Teresina, o pré-lançamento do documentário "Liberdade", desenvolvido com as reeducandas da Penitenciária Feminina de Teresina. A produção audiovisual foi dirigida pelo fotógrafo Sérgio Caddah, a partir do projeto de dança idealizado pela bailarina e coreógrafa Luzia Amélia.

O curta-metragem tem como objetivo discutir a mudança individual das mulheres afrodescendentes em situação carcerária, através da dança e suas diversas vertentes.

O Secretário de Justiça, Carlos Edilson, observa a iniciativa como uma importante ferramenta para a reintegração e ressocialização das internas. “É notável os impactos positivos e a importância que projetos como esse têm para as reeducandas. E isso reforça o nosso compromisso com ações que levem a arte, a educação e capacitação para que elas deixem o sistema ressocializadas”, conta.

Para a diretora de Humanização e Reintegração Social da Sejus, Dinah Miranda, atividades como essa são essenciais para melhorar a petspectiva de vida das reeducandas. “A dança trabalha não só a atividade física, mas a autoestima e o bem-estar delas. Observamos nos próprios depoimentos das internas, quando saem das aulas, que se sentem mais felizes e valorizadas”, diz.

Além da exibição do documentário, o evento também contou com um bate-papo sobre temáticas relacionadas às mulheres, liberdade feminina e o sistema prisional, além de uma apresentação de dança realizada pelas reeducandas da Penitenciária Feminina de Teresina.

A diretora da Penitenciária Feminina, Cristiane Braga, destaca a importância da dança para aliviar o sofrimento das internas que se encontram reclusas. “O comprometimento com o projeto trouxe grandes resultados para a própria convivência entre elas, pois colocaram para fora suas emoções, angústias e frustrações”, afirma.

Para Luzia Amélia, coreógrafa e idealizadora do projeto, a dança proporciona uma troca de vivências e ensinamentos. “O projeto foi pensado como uma forma delas serem vistas e ouvidas sem julgamentos. As reeducandas me ensinaram muito e foi uma troca de aprendizados. E, para além disso, nós conseguimos trabalhar a autoestima delas com muito respeito e humildade”, diz.

Segundo a reeducanda Ludmila Dayer, o momento foi de liberdade e emoção. “Foi uma satisfação muito grande. Dançando, nos sentimos libertas e tivemos a oportunidade de mostrar o nosso brilho”, conta.

O Projeto Liberdade tem apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Justiça, Secretaria de Estado da Cultura e do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura.

Fonte: CCOM

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