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VII Marcha pela Humanização do Parto reforça a importância da informação para a promo

Para a coordenadora da Marcha e presidente do Coren-PI, Tatiana Melo, o momento foi de união de todas as categorias e profissões.

Redacão

Segunda - 11/11/2019 às 15:03



Foto: Ascom Marcha
Marcha

Humanizar é perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos individuais, culturais e emocionais da mulher gestante e sua família. Esta é a mensagem que a Marcha pela Humanização do Parto vem trazendo nos últimos sete anos para a população piauiense. Com o tema “Maternidade com informação é parto consciente”, a sétima edição do evento aconteceu na tarde do último sábado (09), reunindo um grande público.

Realizado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren–PI) com o apoio de diversos conselhos de classe da área da saúde, instituições de ensino superior, entidades da sociedade civil, empresas e toda a comunidade, a Marcha teve concentração na Ponte Estaiada Mestre Isidoro França e contou com a animação do grupo Clowns in Emergency, que abriu o evento com muita alegria e descontração.

Para a coordenadora da Marcha e presidente do Coren-PI, Tatiana Melo, o momento foi de união de todas as categorias e profissões. “A humanização do parto é respeitar a autonomia da mulher, o direito de ter suas escolhas respeitadas pelos profissionais de saúde. Por isso foi muito importante a presença desses profissionais e estudantes participando deste momento”, afirma. Segundo Tatiana, garantir a presença do acompanhante de escolha da mulher na hora do parto, tecnologias não invasivas e medidas para alívio da dor são algumas estratégias que contribuem para um parto mais humano.

O coordenador da Comissão Nacional de Saúde das Mulheres do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Herdy Alves, elogiou a iniciativa do Coren-PI na realização da Marcha. “Em nome da Comissão Nacional de Saúde das Mulheres do Cofen, quero parabenizar o Coren-PI pela bela Marcha. Esta é a Marcha que mostra para o Brasil a força da Enfermagem brasileira. Técnicos, auxiliares, enfermeiros e toda a comunidade trabalhando em prol do parto nascimento e um de cuidado qualificado e respeitoso”, disse.

Participante da Marcha, a secretária executiva Maria Helena Santos Soares deseja que todas as mulheres tenham, de fato, humanização no parto. E isso deve acontecer principalmente pela informação. “Só a informação que transforma a realidade de qualquer mulher, independente de classe, cor e religião. Não adianta estarmos lutando pela humanização do parto e ela ficar restrita a um grupo de mulheres. Ela deve acontecer tanto em hospitais privados quanto nos públicos”. Mãe da pequena Júlia, de 9 meses de idade, Maria Helena conta que a sua experiência na gestação foi muito boa. “Sou filha de mãe que teve três partos normais e neta de avós que tiveram também partos normais. Então foi natural para mim querer ter um parto normal. Graças a Deus eu tive condição de ter uma rede de apoio que me subsidiou, tanto a família quantos os profissionais de saúde. Desde o momento que entrei na maternidade só foi feito o que eu quis. O parto foi um momento inesquecível na minha vida”, completa.

Com 28 semanas de gestação, a funcionária pública Liara Napoleão conta que se sente bastante empoderada ao escolher como deseja ter seu parto. “Trabalho na secretaria da mulher e a equipe de lá me fortalece para ter um parto humanizado. Com a minha chefe, que teve um parto normal, pego muitas dicas. Eu entendo que é o melhor para mim e para o bebê. Se não tiver nenhum problema, eu vou até o fim com essa ideia de ter um parto normal”, declara.

Além de mães e gestantes, muitos estudantes da área da saúde estiveram presentes na Marcha pela Humanização do Parto. Para a acadêmica do sétimo período do curso de Enfermagem na UFPI, Luísa Alves da Silva, a Marcha importante de conscientização da população. “A violência obstétrica vem sendo divulgada com muita frequência, casos que a gente pode evitar se tivermos conhecimento. A enfermagem é muito empoderada para isso. Nós temos o dever de intervir na qualidade de vida, na assistência ao parto e no direito de nascer com respeito. O objetivo da Marcha é gritar pra sociedade que a gente pode nascer com respeito”, explica a estudante, que também é vice-presidente da Liga Acadêmica de Enfermagem Obstétrica da UFPI.

Durante a abertura da Marcha, a enfermeira da UBS do Poti Velho, Nancy Loiola, destacou o projeto realizado com as gestantes atendidas no estabelecimento de saúde. “Na UBS do Poti Velho nós temos o curso “Gestar é Amar”, uma semana de informação e aprendizado. Das 33 mulheres que participaram do curso, 30 escolheram o parto normal. Isso mostra que a informação é a ordem da vez, nós temos que informar para nossas mulheres saberem escolher”, relata.

Fonte: Iconenotícia

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