Brasil

Um mês após morte de Marília Mendonça, polícia ainda não ouviu a Cemig

Companhia Energética de Minas Gerais informou que nenhum representante foi chamado para prestar depoimento

Da Redação

Domingo - 05/12/2021 às 10:46



Foto: Marília Mendonça
Marília Mendonça

A morte da cantora Marília Mendonça completa um mês e até o momento a Polícia Civil não ouviu a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). No dia 05 de novembro de 2021, a aeronave que transportava a cantora e parte de sua equipe caiu em Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce de Minas Gerais. No acidente morreram Marília Mendonça, o piloto Geraldo Medeiros; o copiloto Tarcísio Viana; o produtor Henrique Ribeiro; e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho. 

Uma das linhas de investigação da Polícia Civil é justamente a possibilidade de a aeronave ter caído após colisão contra linhas de torres de distribuição da Cemig. Em coletiva de imprensa no último dia 25, o delegado Ivan Lopes Sales disse que o piloto estava a apenas um minuto do pouso e que todos os exames para uso de álcool ou para doenças preexistentes nas vítimas deram negativo

Assim, segundo ele, a Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação para explicar a queda do avião:

  • a hipótese de que as linhas de distribuição de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) teriam provocado o acidente;
  • a possibilidade de pane nos motores, o que depende de investigação do Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
"A gente avançou com essa oitiva. Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente", disse o delegado.

Foto: Jornal Nacional/Globo

A Cemig disse ao G1 que "nenhum representante da Companhia foi chamado para prestar depoimento".  A Cemig também enviou a seguinte nota:

"A Cemig esclarece que a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente do dia 5/11, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro (como mostra imagem já divulgada pela Cemig).

Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.

A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido.

A Cemig informa ainda que os obstáculos que constam no NOTAM não se referem à torre de distribuição que teve o cabo atingido. Um desses obstáculos é de outra torre que pertence à Cemig e que consta com esferas de sinalização na cor laranja, por estar dentro da zona de proteção do Aeródromo, conforme Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor.

As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas".

Fonte: G1

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