Meia Palavra

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Aprovada a reforma, a hora agora é de recompor o governo

Terça - 26/03/2019 às 20:03



Foto: Reprodução Bancada reunida com o governador do Piauí, Wellington Dias
Bancada reunida com o governador do Piauí, Wellington Dias

Foram aprovadas em regime de urgência na sessão ordinária desta terça-feira (26) pela Assembleia Legislativa, as últimas mensagens que integram a reforma administrativa seguem nesta quarta-feira para o Executivo. O governador Wellington Dias deverá sancionar até sexta-feira (29), as alterações na lei com as quais pretende economizar por ano R$ 400 milhões – R$ 300 milhões com as despesas de custeio e R$ 100 milhões em gastos com a folha de pessoal.

Superada essa fase da nova gestão, a quarta do governador petista, Wellington Dias terá pela frente agora a negociação com os partidos aliados dos cargos do primeiro escalão. Vários dos nomes que já integram o “núcleo duro” do governo serão mantidos, alguns vão apenas troca de endereço.

Confirmados, apenas os secretários que compõe a equipe econômica, como Rafael Fonteles na Fazenda, e Antonio Neto, no Planejamento.

Mudam o secretário de Governo, com Osmar Júnior no lugar de Merlong Solano, que é cotado para assumir a Secretaria de Administração e Previdência.

A grande surpresa entre as caras novas da atual Legislatura, o deputado Franzé Silva (PT) deverá ser escalado para acabar com a festa na Secretaria de Educação, onde pipocam escândalos envolvendo empresas e servidores públicos, como as irregularidades em contratos para transportes de estudantes e da merenda escolar.  

O secretário de Segurança será mesmo o deputado Fábio Abreu (PR). E é aí que começa a confusão. O Partido da República, que já tem a Segurança, quer se manter na Secretaria das Cidades, pretendida pelo PSD, dos deputados Júlio César (federal) e Georgiano Neto (estadual). Pai e filho tem se revezado nas audiências com o governador na residência oficial e no Palácio de Karnak.  

No entanto, outras siglas com maior representatividade em Plenário, seja na Assembleia Legislativa ou no Congresso, como Progressistas, MDB e o próprio PT, vão briga para indicar um maior número de secretarias e órgãos da administração direta e indireta.

Se foi moleza convencer os deputados da importância da aprovação da reforma administrativa, o mesmo não deve acontecer com a negociação com a base para a definição do novo secretariado.

Fora desse “banquete”, a oposição aposta todas as fichas no racha, porque sabe que não tem espaço e cargo para tanta gente. E uma ou outra liderança deve se sentir preterida na divisão desse “latifúndio” chamado Executivo.

Os últimos acontecimentos políticos, como o discurso duro da deputada estadual e primeira-dama da capital Lucy Soares contra a reforma administrativa do aliado Wellington Dias, bem como a aproximação de vereadores do Progressistas na Câmara Municipal com a administração do prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), são um indicativo de que os dois partidos devem estar juntos nas eleições de 2020. E uma divergência agora, na hora da partilha dos cargos, pode facilitar as coisas para quem quer abandonar o barco para seguir sozinho ou em outra companhia rumo a 2022. Isso depois de assegurar oito anos de mandato e de imunidade parlamentar.

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Paulo Pincel

Paulo Pincel

Paulo Barros é formado em Comunicação Social-Jornalismo/UFPI; com Especialização em Marketing e Jornalismo Político/Instituto Camilo Filho

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