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Solidariedade, um santo remédio


Coronavirus

Coronavirus Foto: Pixabay

Cristo ensinou que se deve amar ao outro como a si mesmo. Hoje, a leitura dessa grande lição pode ser interpretada como empatia, solidariedade, capacidade de compartilhar, compreender a dor alheia, reprimir o egoismo tão inerente a nós seres humanos.

Diante da crise causada pela pandemia do Coronavírus, temos uma enorme chance de agir melhor como seres humanos. Sim, podemos amar aos outros como a nós mesmos, agir com empatia e solidariedade, sufocar o egoísmo, partilhar e compartilhar.

Permanecer em casa, como recomendam as autoridades de saúde, é uma dessas formas de ser solidário, ainda que isso nos custe deixar nossas atividades profissionais ou estudantis e acadêmicas. É um ato que pode evitar a doença no próximo e até mesmo a morte. Dor e sofrimento podem ser evitados com solidariedade, amor, empatia.

Recebi, a propósito, uma dessas correntes distribuídas aos milhares por compartilhamento. Não uma mensagem qualquer, porque muitas podem ser falsas e, neste caso, em vez de amor estamos espalhando é o desamor. A corrente que recebi sugere que compremos produtos em pequenos comércios, de fornecedores próximos de nós, como, por exemplo, restaurantes e lanchonetes em bairros, como forma de manter o ganho dessas pessoas. Considerei que esta é uma sugestão boa neste momento de crise.

Também soube de pessoas que mantiveram pagamentos a pessoas que lhes prestam serviços informais. Penso que se trata de uma atitude altruísta para um momento grave: se uma pessoa tem como ajudar material e financeiramente uma pessoa neste momento de agudeza, é realmente muito bom que a pessoa assim proceda.

Bom, mas nem todos podem ajudar uma pessoa material ou financeiramente, certo? Certo, mas ser solidário, compreender a necessidade de ajudar, agir de modo colaborativo em uma crise não requer dinheiro ou posses. Requer mesmo é que cada um de nós aja movido por uma postura ética e moral, a qual todos temos, trazida de nossas raízes, de nossos pais, de ensinamentos seculares ou religiosos.

Assim, quando nos doamos, quando agimos individualmente para a construção de um espaço coletivo melhor para todos, estamos atuando de modo a atender a uma postura ética e moral aceitável, ou de uma postura religiosa correta diante da fé que professamos. Nestes tempos difíceis, a solidariedade, a empatia, o amor ao próximo são itens de primeira necessidade numa cesta básica para manter a boa saúde pessoal e coletiva, salvar vidas, reduzir perdas e dores.

Fonte: Alvaro Mota

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.
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