Olhe Direito!

Olhe Direito!

Razões para otimismo

Vejamos no atual cenário de guerra, o que pode haver de bom?

Alvaro Mota

Quinta - 18/06/2020 às 19:20



Foto: Divulgação Coronavirus
Coronavirus

Uma das frases mais conhecidas sobre as guerras é aquela segundo a qual a primeira vítima de conflitos é a verdade. Não tem sido diferente agora na pandemia do novo coronavírus, onde o excesso e o desencontro de informações se somam ao golpeamento da verdade.

Mas se a verdade padece nas guerras, há no correr de enfrentamento a produção de coisas que, ao fim dele, pode trazer bons resultados. Que bom que assim seja, porque quando guerras só produzem mortos, a existência de conflitos torna-se um fardo ainda mais pesado a ser levado por todos nós.

Vejamos no atual cenário de guerra, o que pode haver de bom? Muitos de nós poderão ter respostas as mais variadas para boas coisas que podem ocorrer após vencida essa etapa de conflito com um vírus, enquanto outros tantos podem enxergar problemas, ter uma óptica mais pessimista de como terminaremos.

Mas vamos olhar um pouco para trás e, seguindo os exemplos do que de bom surgiu, esperar um porvir melhor.

A I Guerra Mundial foi um conflito sangrento, que deixou milhões de mortos e sequelados. Foi a primeira vez que se usou o avião como arma de guerra, a ponto de um dos inventores, o brasileiro Santos Dumont, ter-se desiludido com isso. Matou-se, ao contrário do que fez Alfred Nobel, que vendo sua invenção, a dinamite, servir para matar, criou um prêmio para quem buscasse a paz

Mas voltando à I Guerra Mundial, o que de bom pode ter resultado de um conflito que produziu tanta dor. A história registra o próprio avanço da indústria aeronáutica, antes voltada para a guerra. Também se apressou a emancipação feminina, hoje um tema pacificado, com estudos cada vez mais robustos a demonstrar que a participação social e econômica da mulher tornam o mundo melhor, mais justo e mais rico.

Outra guerra ainda mais cruenta, a II Guerra Mundial, também resultou em boas coisas após tanto sofrimento. Houve mais desenvolvimento e a busca por democracia foi se tornando uma premissa global. Do ponto de vista tecnológico, os avanços que antes visavam à morte e à destruição, foram usados em tempos de paz para favorecer melhor qualidade de vida, maior produtividade econômica, mais ganhos que fizeram surgir robustas classes médias na maioria dos países.

Na atual guerra contra o vírus, o que de bom poderemos ter? Para começar, uma maior interação e intercâmbio para evjtar novas pandemias e surtos de doenças; protocolos sanitários que vão seguir salvando vidas por todo o mundo; avanços em pesquisas médicas que podem resultar em novas terapias, vacinas e fármacos para a doença covid-19 e outros agravos.

Há, sim, razões para esperança de um futuro com ganhos em saúde e qualidade de vida, a começar por nossa própria consciência de que uma vida saudável começa com a gente cuidando melhor da vida do próximo.

Siga nas redes sociais
Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

Compartilhe essa notícia: