Olhe Direito!

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Foi bom para vocês?

O que de bom pode ser tão mais importante que as ruindades que necessariamente passamos

Alvaro Mota

Sexta - 20/12/2019 às 11:14



Foto: Divulgação Reflexão
Reflexão

O título com essa indagação é para uma quebra de clima, porque a ideia é indagar se, feito um balanço do ano, ele pode ser considerado mais ou menos positivo. Como sou otimista, quero propor fazer um balanço dando mais peso ao que foi bom e aliviando a carga do que foi ruim. Dai, no meu caso, eu estar satisfeito com o resultado.

O que de bom pode ser tão mais importante que as ruindades que necessariamente passamos, os perrengues que enfrentamos, os aperreios que a vida nos reserva em 365 dias do ano? Bom, não é fácil essa contabilidade, mas acredito que devamos nos espelhar, por exemplo, em Jó, o personagem presentes nas escrituras sagradas de judeus e cristãos que, mesmo diante de toda provação, não se desmotiva pela ausência da fé nem sem desespera, mantendo a suprema virtude da paciência – ou resiliência, se for mais apropriado aos que nos leem.

“Receberemos o bem da mão de Deus, e não receberemos o mal?”, indaga Jó nesse texto que remete a um poema. Quer dizer, então, porque temos que reclamar tanto da vida apenas lembrando o que de ruim nos ocorre, sem contabilizar o que de bom transcorre tanto a nós quanto a outros? Eis uma boa forma de avaliar o ano: valorizando o que de melhor nos ocorreu.

Podemos tomar nota, sim, do que de bom nos ocorreu. Nem precisa ser coisa grande, excepcional, ou dinheiro ou um bem de grande valia que adquirimos. A gente tem que começar pelas coisas mais simples, as coisas intangíveis, aquilo que o dinheiro não pode comprar. É nesse rol que estão as joias mais preciosas de um ano-bom.

Se sorrimos, mesmo diante da adversidade rotineira, se nossa saúde esteve boa, a despeito de uma doença aqui e ali, se não descuidamos da fé, ainda que submetidos à expiação diária, se seguimos em frente superando, contornando ou simplesmente ignorando os obstáculos, se a soma de nossas amizades sempre sufoca rancores e raivas, então por que teríamos razões para colocar ano em uma coluna de prejuízo? Não, nada disso. Podemos e devemos olhar para trás com otimismo, e nos mover adiante firmes e confiantes. Isso pode ser decisivo para nossos êxitos.

Lembremos do ano sempre mais pelo que de exitoso, favorável e positivo semeamos e colhemos. É quase certo que se assim agirmos teremos nos dias por vir uma maior chance de alegria frequente ou quem sabe da felicidade duradoura.

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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