Olhe Direito!

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Dia do advogado, uma reflexão

A defesa corporativa das prerrogativas do advogado é importante, mas ela jamais será completa e eficiente sem que o profissional tome consciência

Alvaro Mota

Quarta - 11/08/2021 às 19:33



Foto: Divulgação Alvaro Mota
Alvaro Mota

Hoje, dia do advogado, temos mais uma vez que reforçar a defesa dos interesses profissionais, não por corporativismo, mas por ser fundamental que nunca haja qualquer mecanismo impeditivo à advocacia, já que obstáculos ao nosso exercício profissional representam um risco para a democracia e os direitos individuais indisponíveis.

A defesa corporativa das prerrogativas do advogado é importante, mas ela jamais será completa e eficiente sem que o profissional tome consciência de que a sua ação pessoal é também fundamental para o fortalecimento da advocacia.

Hoje, como em todos os dias do ano, milhares de advogados estarão trabalhando anonimamente na defesa de seus constituintes, de causas as mais variadas, que, em resumo, representa defender o Direito como essencial à civilidade. São, assim, heróis sem nome ou rosto amplamente conhecidos, e, por isso mesmo, merecedores de grande respeito e admiração.

A maioria de nós advogados não terá seus nomes gravados em bronze e eternizados na História. Mas isso realmente importa para quem tem por objetivo cumprir seus deveres, trabalhando firme e incansavelmente? Seguramente não, porque o bom advogado não pode ser confundido com o advogado de grande sucesso. O bom advogado não é o que ganha todas as causas, mas o que defende melhor os pontos de vista de seu constituinte, fazendo-o prevalecer.

É nosso dever cotidiano nunca esmorecer ante às adversidades, jamais deixar que se enfraqueçam as nossas convicções. É tarefa diária do advogado buscar a Justiça e defender a Lei, assim como é essencial em nossas atividades jamais baixar a guarda diante dos que se norteiam pelo desamor à democracia e desrespeito sistemático ao ordenamento jurídico.

Diante do fato sobejamente conhecido de que não se faz a Justiça sem o advogado, sendo este essencial à sua administração, é certo dizer que o livre exercício da advocacia é um dos pilares de um regime democrático. Reside, assim, no Direito a força para superar toda e qualquer aventura autoritária.

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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