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Mercado de trabalho nos EUA oferece oportunidades para brasileiros

Formações mais comuns são em Administração, Ciência da Computação e Engenharia Elétrica, para desenvolvedores, analistas de sistemas e gerentes de marketing

Wagner Santos

Segunda - 14/11/2022 às 12:36



Foto: Imagem: Freepik.com Mercado de trabalho nos EUA oferece oportunidades para brasileiros
Mercado de trabalho nos EUA oferece oportunidades para brasileiros

Os Estados Unidos contam com alta demanda por produtos e serviços e, com a economia em recuperação, vêm procurando mão de obra para os postos de trabalho. Até setembro de 2022, 10,7 milhões de vagas foram abertas no país, de acordo com o relatório Jolts do Departamento de Trabalho dos EUA. 

A situação gera oportunidades também para profissionais brasileiros, tendo suas qualificações e experiências como diferenciais no mercado. Nesse sentido, é importante estar afiado no inglês e fazer um curso de idiomas pode ajudar nessa empreitada.


No início de 2022, o USCIS, serviço dos EUA que cuida de imigração e cidadania, divulgou um alerta de que havia um volume excepcional de vistos baseados em trabalhos disponíveis neste ano fiscal – compreendendo o período de outubro de 2021 a outubro de 2022. Enfatizou-se ainda o comprometimento em usar todos eles. 


O aviso mencionava duas categorias direcionadas a profissionais com habilidades extraordinárias (EB 1) ou acima da média (EB 2) em diversas áreas, como ciência, educação, negócios, arte e esportes.

Passe livre para trabalhar e morar


Quem é aprovado nesses processos recebe um green card, conhecido como a permissão para morar e trabalhar nos EUA por dez anos. O documento pode ser renovado e, assim, abre caminho para pleitear a cidadania americana.  


A pandemia é considerada uma das responsáveis pela maior disponibilidade de vistos. Isso porque, a cada ano, os EUA determinam uma cota de aprovações. Caso o total não seja usado, o que sobra fica para o ano seguinte. A crise sanitária dificultou a realização de entrevistas e análises, o que fez com que houvesse menos aprovações nos últimos dois anos.


Segundo o USCIS, estimou-se a oferta de cerca de 280 mil green cards por razão de trabalho, quantidade que representa o dobro da média dos anos anteriores, segundo relatório divulgado pelo Departamento de Estado do país. É importante ressaltar, no entanto, que não há garantia de que esse número de concessões seja atingido.


Além de ampliar o número de green cards, o governo estadunidense tem buscado facilitar processos, como dispensar a entrevista em alguns tipos de visto de trabalho temporário. 


Só em 2021, foram concedidos 738 mil green cards. Mais da metade (449.425) com base em laços familiares. Houve ainda 178.498 petições de vistos EB, sendo 105.565 aprovadas. 


O Brasil foi o quinto país com mais aprovações, somando um total de 1.650 pedidos concedidos. O andamento da fila para análise e aprovação segue regras como, imigrantes de um mesmo país não poderem representar mais de 7% do total de green cards concedidos no ano.


Profissionais com formação superior têm seu lugar ao sol


Outra pesquisa, desta vez do escritório de advocacia AG Immigration, a partir de dados oficiais do Departamento de Trabalho dos EUA, mostra que as companhias norte-americanas contratam cada vez mais profissionais brasileiros com formação acadêmica. 


As cinco companhias norte-americanas que mais admitiram brasileiros em 2021, por exemplo, foram Abbyland Foods, Microsoft, Orion Travel Technologies, SS Concrete Floors e Google.


Ao todo, as cinco empresas contrataram 142 brasileiros. Esse número representa quase 10% de todas as 1.428 admissões no período. O Brasil ocupou o sexto lugar entre as nações com mais cidadãos empregados nas terras do Tio Sam. O top cinco tem Índia, China, México, Coreia do Sul e Filipinas.


De acordo com o levantamento, as formações mais comuns são em Administração, Ciência da Computação e Engenharia Elétrica, para ocupar cargos de desenvolvedores, analistas de sistemas e gerentes de marketing. Além dos profissionais de tecnologia, há ainda 27 professores e pesquisadores que foram admitidos em universidades americanas por meio do green card.


O estudo destaca a mudança no perfil do brasileiro que migra para trabalhar nos Estados Unidos. Ainda existem, porém, muitas pessoas que atuam em cargos que não exigem formação. Um dos setores que mais contratou brasileiros, por exemplo, foi o alimentício, com 129 vagas preenchidas em 2021, sem a necessidade de experiência prévia.


Salário dos profissionais brasileiros


Segundo a pesquisa, a média de salário dos brasileiros contratados em companhias nos EUA é de US$ 84 mil por ano. As remunerações mudam conforme o cargo.


O estudo da AG Immigration revela que o menor salário mensal foi de R$ 6,9 mil, de um preparador de comida nos restaurantes da JJS of Atlanta. Vale lembrar que o trabalhador ganha em dólar, mas também gasta em dólar. 


A maior remuneração informada foi de R$ 152 mil por mês, para um desenvolvedor de softwares contratado pela Netflix e formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Como trabalhar nos EUA


Os vistos permanentes para os EUA, são divididos nas categorias EB-1, EB-2, EB-2 NIW, EB-3, EB-4 e EB-5. Cada uma delas tem exigências diferentes, mas todas esperam que o imigrante comprove interesse e condições de contribuir com demandas da sociedade estadunidense. 


Para profissionais brasileiros, as categorias EB-2 e EB-2 NIW trazem melhores oportunidades, já que buscam suprir carências existentes no mercado de trabalho. Esse é o visto que permite ao estrangeiro com uma carreira sólida adquirir um emprego nos EUA e viver com sua família no país.


A categoria EB-2, contudo, exige que uma instituição americana faça a solicitação do visto por meio de um certificado, provando que não encontrou americanos disponíveis para ocupar determinada vaga. A categoria EB-2 NIW, por sua vez, dispensa essa exigência. 


O interessado deve comprovar que seu ofício precisa ser iniciado quanto antes e que vai ser melhor aproveitado sem que haja perda de tempo com o certificado.

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Wagner santos

Wagner santo é CEO da www.revistademarketing.com.br

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