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Brasil: oportunidades no mercado de agrotecnologia

As oportunidades no mercado de agrotecnologia no Brasil!

Wagner Santos

Terça - 03/05/2022 às 18:28



Foto: Imagem: Pixabay Brasil: oportunidades no mercado de agrotecnologia
Brasil: oportunidades no mercado de agrotecnologia

O Brasil é um dos principais operadores no negócio agrícola mundial. A agricultura é um dos setores econômicos mais importantes do país devido à extensa área cultivável, clima de sol e recursos naturais. A agricultura tem uma participação de 25% no PIB total do Brasil, desde o início dos anos 2000 até hoje. O Brasil é o 4.º maior produtor de alimentos em todo o mundo, liderando em algumas produções agrícolas, como soja e cana-de-açúcar.

Além disso, o Brasil possui um dos maiores estoques de gado no mundo, destacando-se tanto na produção quanto na exportação de frango e carne bovina, ocupando a terceira e segunda maior posição na produção de frango e carne, respectivamente.

Ao longo dos últimos anos, as chamadas “fintechs” - empresas que juntam a tecnologia e os serviços financeiros - mostram um crescimento notável  de mercado. Agora, os investidores e empresários estão observando o surgimento de um novo mercado: a tecnologia agrícola. Também pode ser chamado agrotecnologia, mas é geralmente abreviado como agritech, AgriTech ou agrotech.

As empresas sectoriais aliam a tecnologia e  a agricultura para melhorar os serviços do agronegócio, reduzir custos e aumentar a produção. As atividades da Agrotech referem-se, por exemplo, ao gerenciamento de cultivos. Outros se concentram no uso de análise de software inteligente para previsão de pragas e doenças ou  do conceito integrado da agricultura 4.0. Existem diferentes tipos de ferramentas AgriTech que combinam diversos serviços em uma plataforma de gestão de campo para melhorar rendimentos e resultados.

O Brasil se consolidou como uma potência inovadora do agronegócio.

Segundo a Associação Brasileira de Automação GS1, o Índice Agrotech, que mede o nível de automação nas fazendas brasileiras, aumentou 12,5% entre 2019 e 2021. O Índice Agrotech mostra que o nível de automação adotado pelos agricultores e pecuaristas brasileiros passou de 0,16% em 2019 para 0,18% em 2021, um aumento de 12,5%. No que diz respeito à agricultura, o índice cresceu de 0,19 para 0,21 no mesmo período. Na pecuária, o nível de automação passou de 0,16 para 0,17%. Espera-se que em 2022 o Índice vá crescer ainda mais.

A adoção de tecnologias no processo produtivo resulta nos altos rendimentos e qualidade de safra, na forma sustentável e na proteção dos espaços verdes brasileiros tanto em propriedades agrícolas quanto em áreas naturais.

O país já utiliza máquinas modernas, sensores inovadores, automação e robotização, apoiando a geração de mecanismos de descarbonização, desenvolvimento de inovações logísticas e criação de plataformas modernas para compra e venda de produtos e insumos. No entanto, um dos maiores países, com área de quase 81,2 milhões de hectares destinada à produção agrícola, ainda há muito espaço para novas soluções, especialmente associadas à sustentabilidade, bioeconomia agrícola, ferramentas de inovação, agricultura digital e  transformação dos sistemas alimentares.

O processo de sensoriamento remoto funciona por meio de informações coletadas por diferentes dispositivos ao longo de um período. Os dados coletados podem ser usados para analisar diferentes aspectos da cultura e do rendimento. Esta análise é aplicada para gerenciar as culturas para garantir a produção máxima. O processo pode ser usado para conduzir uma variedade de análises e implementar medidas apropriadas. A infestação de pragas e ervas daninhas nas culturas são ameaças mais comuns enfrentadas pelos agricultores. O sensoriamento remoto na agricultura pode ajudar a detectá-los no início e alertar os agricultores para tomarem as medidas necessárias para garantir a saúde das plantações. Para realizar o processo em diferentes áreas de terra que variam em tamanhos e tipos de colheitas, são utilizados vários tipos de dispositivos e sensores.

A tecnologia GIS representa qualquer entidade geográfica que no nível espacial usa hardware, software e dados. O hardware em satélites, drones, sistemas GPS é usado para localizar pontos de referência e buscar informações deles para análise. Os agricultores podem usar o GIS no domínio agrícola para analisar dados espaciais complexos, como quantidade de chuva, topografia, elevação do solo, inclinação e irregularidade do solo, direção do vento, inundações, erosão, etc., e muito mais.

A IA na agricultura, também conhecida como agricultura de precisão, é a aplicação de soluções de inteligência artificial (IA) na indústria agrícola. A tecnologia é usada para a colheita de cultivos, o monitoramento da saúde de plantas, o controle de ervas daninhas e pragas, a detecção de déficit de nutrientes no solo, etc. Aguarda-se um aumento da IA geral no mercado agrícola de US$ 1 bilhão em 2020 para US$ 4 bilhões em 2026.

As últimas tendências na agricultura Brasileira mostram uma entrada imparável das tecnologias da última geração. São absolutamente indispensáveis nas startups de agrotecnologia brasileiras, porém, em simultâneo, pouco a pouco, vão conquistando o mercado de agronegócio tradicional devido a sua eficiência e praticidade. As tecnologias mais amplamente utilizadas na produção de ferramentas agrícolas são sensoriamento remoto (RS), SIG e Inteligência Artificial (IA).

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Wagner santos

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Wagner santo é CEO da www.revistademarketing.com.br

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