Filosofia de Vida

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Como controlar o pânico gerado pelo novo coronavírus

O jornalista, psicanalista e filósofo Fabiano de Abreu dá conselhos para saber como agir de forma racional sem sucumbir ao medo e ao pavor

Fabiano de Abreu

Segunda - 16/03/2020 às 07:47



Foto: Pixabay Coronavirus
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O jornalista, psicanalista e filósofo Fabiano de Abreu dá conselhos para saber como agir de forma racional sem sucumbir ao medo e ao pavor

Para Fabiano de Abreu, jornalista, psicanalista e filósofo, “a primeira sensação que muitos têm ao depararem-se com o desconhecido e com a possibilidade de contágio é o pânico, seguido do medo de sair de casa por não se sentirem seguros.”

Palestra na Universidade de Luanda em Angola

De forma a evitar o pavor coletivo, Abreu reforça que o primeiro ponto é entender o motivo, razão e as circunstância de tudo na vida. “Temos a obrigação racional de saber essas três coisas para que possamos iniciar o processo de autoconhecimento, que é o necessário para encontrarmos o equilíbrio e viver bem a nossa rotina. O coronavírus é menos letal que muitos outros como o H1N1 e o SARS, doenças equiparadas, tendo mortalidade abaixo dos 3,6%. Saber quais os seus sintomas, formas de contágio e procedimentos é uma ajuda para que o nosso instinto de sobrevivência, que está no nosso inconsciente, não vença o nosso consciente ou não se transforme em uma síndrome.”

Coronavírus…

Embora o nosso instinto de sobrevivência ative a nossa ansiedade, tal traz consequências positivas e negativas. Por exemplo, “a nossa ansiedade pode ter duas vertentes, uma boa e a outra má. A boa é que nos prepara para tomarmos medidas para lidar com os problemas. A má é que pode causar pânico quando não sabemos como agir, ou quando não temos o que fazer e ficamos apenas na expectativa”, explica o psicanalista.

Sobre este assunto que está na ordem do dia em todo mundo, siga os conselhos de Fabiano de Abreu e não deixe que o pânico causado pelo surto da doença atrapalhe o seu dia a dia.

8 dicas para evitar o pânico causado pela chegada do coronavírus

1. Não veja todas as notícias sobre o caso mas apenas as essenciais para se manter informada. Procure só pelas respostas estritamente necessárias;

2. Esteja ciente dos sintomas, que são febre, vómito, falta de ar e diarreia. É importante identificar que não são os mesmos da gripe e que, caso os sinta, ligue para a saúde 24 (para não correr o risco de contagiar outras pessoas);

3. Não frequente zonas turísticas e lugares públicos que tenham muitas pessoas. Evite multidões;

4. Compre comida suficiente para que não tenha de ver o pânico dos outros no supermercado. Prateleiras vazias podem impulsionar medo e pânico. Entenda que há pessoas que não conseguem controlar o pânico e isso pode não estar relacionado com a epidemia;

5. Use a ansiedade a seu favor. Ocupe o seu tempo e preocupe-se menos. E não se esqueça que as chances de viver são bem maiores do que as de morrer, e que o estresse baixa a imunidade.

A meditação é a busca do equilíbrio e é essencial para que possamos manter-nos conscientes e com alta imunidade.

6. Aumente o consumo de vitamina C e chás que aumentem a imunidade como limão, gengibre e chá verde. Alimente-se bem.

7. O medo provoca uma sensação de prazer quando é com o outro e não consigo mesmo. Não se sinta mal por isso, pois é uma defesa do nosso organismo que está em alerta através do instinto de sobrevivência.

8. Tenha fé nas suas convicções e pense que a pandemia é mais uma crise que vamos ultrapassar.

Fonte: Fabiano de Abreu

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Fabiano de Abreu

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

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