Produtividade: óbice do Brasil

Por Deusval Lacerda de Moraes

Não há um único País no Mundo que atinja elevado patamar de desenvolvimento que não seja pelos ganhos de produtividade, isto é, pelos altos investimentos feitos na educação para evolução nos seus níveis técnico-científicos.

É bom lembrar que as economias em progresso estão num estágio ímpar da computação em nuvem, inteligência artificial e mobilidade da informação, que, assim, exigem vultosos aportes financeiros para a Pesquisa e Desenvolvimento.

Mas os golpistas nativos não entendem premissa tão basilar e têm como entrave do País sistema educacional, quando, na verdade, é a única saída para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Tanto que o golpe parlamentar-constitucional-judicial de 2016 favoreceu governo fantoche que congelou os investimentos na área da educação por 20 longos anos.

No atual arremedo de governo foi nomeado para o ministério da Educação um colombiano que além de perdido nas políticas públicas e quando se manifesta demonstra bizarrice e absoluta inaptidão.

Mas enquanto o Brasil brinca de governo e consequentemente de modelo educacional, os países que verdadeiramente querem crescer apóiam maciçamente a educação sistemática da sua população.

Nos últimos tempos têm-se três países que por meio de incentivo à educação passam por grandes transformações tecnológicas, industriais, econômicas e sociais, Japão, China e Coreia do Sul.

E agora a consultoria britânica Oxford Economics elaborou um ranking com países emergentes que devem ter a maior taxa de crescimento de 2019 a 2028, e novamente aparecem no topo da lista os países do continente asiático: Índia, Filipinas e Indonésia.

Sabe por quê? Pelos seus índices de produtividade, ou seja, com expressivos investimentos em educação, máquinas e pesquisas. Evidente que o Brasil está fora da lista das dez nações emergentes com o maior crescimento econômico na próxima década.

Por razão simples. No Brasil, educação ainda é problema em vez de solução. Cá para nós, mas o governo perde tempo tuitando coisas irrelevantes exatamente por faltar-lhe inspiração e transpiração para remover as principais barreiras que emperram o desenvolvimento.