Por Deusval Lacerda de Moraes
Como cristão, não gosto - nem devo - regozijar-me com o infortúnio alheio. Não é ético nem moral tripudiar sobre a adversidade do próximo. Pois a dogmática cristã adota o perdão como remissão dos pecados e, assim, o ser humano, no cristianismo, deve exercer a faculdade do sentimento de misericórdia, indulgência, compaixão.
Nunca se deve, para viver bem, desejar a desgraça de outrem, por se transformar em individualismo exacerbado, egoístico, antissocial. Pois se vive em sociedade, em que todos possuem os mesmos direitos e obrigações. Pelo menos, em tese, estas são premissas inelutáveis. Eis que, aí, entra o caso do Temer. De repente, ele invade os lares e mentes dos brasileiros como co-partícipe de um golpe parlamentar-constitucional-judicial no Brasil em que é beneficiário direto, numa trama político-ideológica contra a Nação e seu povo, pois as pesquisas apresentavam 94% de reprovação do seu governo.
E ele, sem demonstrar qualquer remorso seguia a sua sina de fazer o que o povo brasileiro não queria até o último minuto do seu desgoverno. O tal golpe ainda propiciou a prisão de líder popular mundial inocente - Luís Inácio Lula da da Silva - e ainda proporcionou a sua proibição de chegar mais uma vez ao Palácio do Planalto. Daí, acredito, a dificuldade, causada pelo próprio Temer e asseclas, de ser perdoado por muitos. E sobre esse desfecho eu tive o cuidado de avisar em vários artigos. Mas o poder, para alguns, cega, e dá em prisão do governante.
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Deusval Lacerda
Deusval Lacerda é natural de São João do Piauí. É economista e advogado.
