Nada muda na rasitude

Por Deusval Lacerda de Moraes

É impressionante como muitas pessoas tendem a se enganar com o nada, e a esperarem alguma coisa do raso. A última edição da revista Veja diz, na capa, que o atual presidente assume com discurso raso, mas começa a governar sob um clima de otimismo. E que 70% da população acham que a vida pessoal vai melhorar; 66% acreditam que a economia vai decolar; e 55% apostam que a política vai dar um salto. Entretanto, deve-se registrar que, na origem, existe uma grande contradição nesse desiderato divulgado pela publicação golpista semanal. Qual seja? Não há como se melhorar a vida da maioria das pessoas, desenvolver a economia e engrandecer a política com discurso raso, superficial ou inócuo. Por razão simples: são três fatores que, atingidos, elevam uma sociedade ao seu apogeu. Ou melhor, ao pleno desenvolvimento. E, historicamente, nenhuma nacionalidade da atualidade galgou tamanho progresso em um governo só e, pior ainda, sem implantar profundas transformações no País. Logo, a informação em deslinde, literalmente, trata-se da famosa conversa para boi dormir. Pois a coisa não é tão fácil como alguns, ingenuamente, imaginam. Avançar na estrutura do Brasil precisa mais do que nunca reformar profundamente a sua organização de Estado!