Foto: Nassar
O governador Wellington Dias com a vice Regina Sousa no aniversário do PT
Como ocorreu na época da discussão do destino dos recursos dos royalties do petróleo, o governador Wellington Dias (PT) terá papel de peso na discussão sobre os projetos que tratam da reforma da Previdência.
Wellington será protagonista importante em todo essas discussões que envolvem proposta do Governo de Jair Bolsonaro. Não por acaso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), escolheu o Piauí um dos primeiros estados para tratar da proposta da reforma da Previdência que o governo federal quer aprovar.
Na época da discussão da destinação dos recursos dos petróleo, notadamente do Pré-Sal, o então senador Wellington Dias (PT) consegui apoio até de ferrenhos críticos do PT e da presidenta Dilma Rousseff.
Em 9 de março de 2015, Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, nesta segunda-feira (9) a lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Wellington foi um dos que comemorou e foi elogiado pela presidenta e pelos colegas senadores pelo trabalho de articulação política para aprovação da lei.
Claro que Wellington Dias não atuou sozinho. E como ocorreu na época dos royalties do petróleo, ele vai procurar aliados, principalmente os governadores do Nordeste e parlamentares dos partidos mais alinhados ao PT e até da base do governo para garantir que os trabalhadores não sejam penalizados pela reforma que o Governo de Bolsonaro está querendo fazer.
As principais lideranças do PT no Piauí comemoraram os 39 an os de criação do partido
ANIVERSÁRIO DO PT - Na quinta-feira (14) durante a abertura do Encontro de Comunicação do PT do Piauí, no qual o partido comemorou seus 39 anos, Wellington Dias apontou os caminhos que, segundo ele, os petistas precisam seguir para garantir a manutenção dos direitos conquistados pelos brasileiros após a redemocratização do País.
Para o governador do Piauí, só gritar e escrever "Lula livre" nas redes sociais não vai garantir a liberação do ex-presidente. Dias reafirmou que Lula é um preso político e que sua libertação dificilmente se dará pelo campo jurídico na atual situação política em que o País vive. Ele afirma que a libertação de Lula só se dará com povo nas ruas.
Para o governador, a garantia dos direitos conquistados só se dará com o mobilização da sociedade. "Temos visto que propostas do atual governo vão de encontro aos interesse da classe trabalhadora e do povo em geral", alerta o governador.
Para o maior líder do PT no Piauí em atividade, a reforma da Previdência que o atual governo está querendo fazer, deve servir de motivação para o PT e os demais partidos de esquerda, as associação, sindicatos e outras organizações a mobilizem seus militantes e a população e, assim garantir os direitos conquistados e a liberdade de Lula.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA TERÁ RESISTÊNCIA - O governador que deixou claro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na reunião de quinta-feira (14), em Teresina, que não vai ter reforma da Previdência se mexerem nos direitos dos trabalhadores da ativa e dos aposentados. "Tem dois projetos claros: o deles e do nosso campo político. Nós vamos defender e buscar apoio para o nosso projeto, pois ele defende a maioria", destacou Wellington.
Ele reforçou a defesa do que quer para o País. "Eu disse ao presidente Rodrigo Maia que somos contra qualquer proposta que seja boa só pra o sistema financeiro e para banqueiros e ruim para os trabalhadores. Temos de ter sempre isso como missão e compromisso", alertou o governador petista.
O governador do Piauí defende a implantação de um regime geral único de previdência no País e que inclua a todos ingualmente, quer seja servidor público ou trabalhador da iniciativa privada.
Ele também criticou a proposta de alteração em várias leis, apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança, ex-juiz Sérgio Moro. "Vi muitas coisas na proposta que apenas tentam legalizar as ilegalidades da Lava Jato", disse o governador.
A ESPERANÇA MOVE O POVO - Wellington Dias finalizou seu discurso afirmando que o povo reconhece tudo de bom que os governos do PT fizeram em tão pouco tempo. "Mas temos de olhar pra frente, de dá esperança ao povo. Já fizemos muito, mas o povo quer mais e precisa de alguém que lhe dê esperança. É por isso que o presidente Lula, durante a caravana de 2017 consegui atrair multidões nas cidades e lugares por onde passou. Não podemos esquecer que hoje não temos uma liderança igual ou que pelo menos que chegue perto de Lula", finalizou o Wellington Dias.
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Luiz Brandão
Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.
