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Trabalhadores brasileiros voltam à miséria e contam apenas com 384 reais para sobreviver

Quarta - 20/02/2019 às 13:02



Foto: @DR centrais sindicais e movimentos sociais prometem novas manifestações
centrais sindicais e movimentos sociais prometem novas manifestações

Um cálculo simples, que pode ser feito por qualquer pessoa com o mínimo conhecimento de apenas duas operações básicas da aritmética (adição e subtração), revela a situação de penúria em que vive a maioria dos trabalhadores brasileiros que ganha apenas o salário mínimo de R$ 998,00. O valor é simplesmente humilhante e não cobre as despesas mínimas para uma pessoa viver com dignidade no Brasil.

O aperto que marca a vida dos trabalhadores e trabalhadoras que sobrevivem com o salário mínimo também já chegou a categorias de brasileiros que ganham um pouco mais que o mínimo. Com a mais longa crise política e econômica que o País ainda enfrenta, muitas famílias alçadas à classe a uma “nova classe média” estão voltando ao piso. Muitas já voltaram a usar o carvão para cozinhar os alimentos.

Eu já calculei. Um trabalhador que ganha salário mínimo (R$ 998) só tem, na verdade, pouco mais de R$ 380,00 para bancar moradia, água, luz e outras despesas básicas. Quase metade do salário é só pra pagar ônibus e "quentinha".

DESPESAS DIÁRIAS DO ASSALARIADO (salário mínimo)

1 - Ônibus - só uma ida e volta por 20 dias: R$ 154,00;
2 - Quentinha (almoço): R$ 160,00
3 - Lanche simples: R$ 100,00
4 - Material de higiene pessoal: R$ 100,00
5 - Outras despesas com vestimentas, cuidados estéticos: R$ 100,00

O total dos gastos do trabalhador com o mínimo do básico pra trabalhar é de R$ 614,00. Tirando esses R$ 614,00 dos R$ 998,00 (valor do salário mínimo) sobram R$ 384,00 para o trabalhador gastar pra viver. Ou seja, com o atual salário mínimo o trabalhador não tem como pagar moradia, água, luz e o mínimo básico para viver com e dignidade.
Neste cálculo simples não constam despesas com lazer, saúde, educação e outros itens necessários pra viver bem, mesmo num jeito muito simples de levar a vida. O salário mínimo atual só da para sobreviver.

Falsos moralistas

Como faltam argumentos para defender o indefensável, muitos defensores de Bolsonaroo apelam para o discurso fácil, dizendo que os partidos e os políticos são todos iguais. Antes chamavam o homem de mito. Mas, como se sabe, essa é uma deslavada desculpa dos "arrependidos" para tentar desmoralizar toda a classe política e salvar o "mito" e seus pimpolhos.

Laranjas

QUEDA NO PREÇO DA LARANJA - O preço da laranja está bom no mercado internacional. Mas no Brasil está em baixa. É a chamada Lei da Oferta e da Procura. Como no mercado brasileiro tem laranja sobrando o preço desse cítrico desabou.

Laranja: tudo a ver

Por ser muito cultivada e apreciada nos Estados Unidos (EUA) e outros países do mundo, a maçã tornou-se uma fruta símbolo. No Brasil, pela grande quantidade do produto no mercado, a Laranja bem que poderia ser o símbolo do país. Não é mesmo?

Laranja bichada

Da canção de Ataulfo Alves: Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé.
O recado é atualíssimo. Né, não?

Trânsito, um transtorno

Um dos grandes problemas de Teresina e que a Prefeitura não consegue resolver, apesar dos mais de 30 anos de gestão do mesmo grupo na PMT, está no trânsito. Os engarrafamentos estão por quase todas as grandes avenidas da cidade. Nível de estrese por causa do caos no trânsito está levando muita gente ao divã.
 

Os engarrafamentos são constantes nas principais avenidas de Teresina
Engarrafamentos simultâneos em um mesmo cruzamento de três avenidas da zona Sul de Teresina

AS DO FIM...

*Conselho aos excelentíssimos senhores ministros: não discutam com os filhos do presidente Jair Bolsonaro. É queda na certa. Entenderam? Pois é bom já ir baixando a crista. Os meninos cantam de galo.

*No Brasil há um povo com tão baixo nível de entendimento que uma fofoca é mais importante e valorizada que uma notícia séria e verdadeira.

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Luiz Brandão

Luiz Brandão

Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.

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