Blog do Brandão

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O Brasil é lindo, mas há corrupção até na fila pra arrancar dente

Sábado - 07/10/2017 às 20:10



Foto: Divulgação Brasil colônia
Brasil colônia

Tem sido cada vez mais comum, principalmente nas redes sociais, dizer que o Banco Mundial tem o Brasil como o país com a maior carga tributária do mundo. Mas isso é mentira. O BM nunca disse isso. Conforme estudos sérios mais recentes,  a maior carga tributária do mundo é na Dinamarca. Basta uma rápida pesquisada no Google pra se confirmar isso.

Claro que no Brasil há realmente uma alta carga tributária, mas o País é só o 12º da lista. E por que? Porque o Congresso sempre foi comandando por corruptos e sonegadores não interessa a eles uma reforma tributária falada há mais de 30 anos, mas que nunca foi feita. 

O país vive de remendos na Constituição pra "resolver" problemas pontuais. Agora mesmo estamos vendo o Congresso aprovar e promulgar uma "reforma política" que só atende aos interesses dos que já estão nos mandatos.

Dizer que o País não presta e que tem a maior carga tributária do mundo é reforçar o discurso de empresários que dizem e espalham essa mentira para justificar a sonegação e para pedir refis, incentivo fiscal e isenção de imposto.

Os EUA, exemplo pra tudo desses sonegadores, não são muito longe do Brasil em carga tributária. Lá os imposto também são altos, seja para  pessoa física ou jurídica. A diferença é que lá sonegação e corrupção da cadeia, cana braba. Mínimo de 30 anos atrás das grades e sem direito a regalias e progressão de pena.

No Brasil, ao contrário, sonegação e corrupção são "normais" e dão mandatos de vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e presidentes. E isso ocorre com ajuda de eleitor que vende o voto.

E por que? Porque no Brasil tem corrupção até na fila pra arrancar dente. 

A bem da verdade, só quem paga imposto no Brasil é trabalhador. O bicho já vem descontado no salário. Empresário e rico so vive às custa dos governos e da sonegação. Isso é que tem de ser dito.

Veja que todas as grandes empreiteiras enfiadas na corrupção e agora delatoras tiravam dinheiro de onde? Dos cofres públicos.

Mas os empresários não vivem dizendo que são bons, que sabem de tudo, que são competentes; esculhambam e derrubam governos e esculacham servidores públicos? E então,  se são tão bons, porque só conseguem sobreviver do dinheiro público?

Não conheço uma só empresa no Brasil que não sonegue ou não precise de governo, de isenções e incentivos fiscais. Todas, com incentivos e isenção ou sem (de uma forma ou de outra) só vivem com ajuda do dinheiro público. 

E que diabo de sabedoria e competência são essas, que só escapa com ajuda do dinheiro público? Até bodega só vende e se sustenta quando aposentados e servidores públicos recebem dinheiro.
Mentira?

Por isso, acho que devemos deixar de jogar contra o País e fazer o jogo dos ricos e empresários. Vamos deixar de falar mal e dizer que o País é pior em tudo. Você não ouve um norte-americano dizendo que os EUA não prestam. Pelo contrário. Mesmo tendo pobres, miseráveis nas ruas, atentados, massacres; saúde e aducação caras, eles só falam bem. 

Como em outros lugares, os EUA são cheios de coisas horríveis, mas os cidadãos de lá só falam bem da maior "fábrica" de mortes do mundo. Lá tem muito racismo, nazismo, preconceitos, sofrimento, exploração e doenças de todo tipo. Mas a máquina de propaganda capitalista, nos mesmos moldes da de Adolfo Hitler, só mostram o lado bom. 

Até quando um deles mata dezenas em um massacres, os EUA buscam culpar os outros, os "países terroristas", os fuzis fabricados fora, muito embora tenham a maior indústria de armas do mundo.

Temos de acabar com esse "complexo de vira-lata" e deixar de achar que outros países são o paraíso e o Brasil é o inferno. Viva fora do  por uns tempos e vai descobrir que em lugares como a Dinamarca, por exemplo, não é só a maravilha que nos mostram. Seja um negão ou um latino por lá pra você vê se o lugar é mesmo tão bom quanto dizem.

Nos vivemos num País cuja Justiça, Congresso, governo, mídia, banqueiros e outros ricaços querem que se pense que vivemos no pior lugar do mundo. Isso faz parte do projeto de dominação. É dito isso sempre para que nos setirmos péssimos, deprimidos, feios, pobres, lascados; prar nos fazermos sentir o pior dos seres, vivendo no pior lugar do universo. 

Não devemos aceitar isso. Que se danem esses safados. Nós somos um País rico, enorme, admirável, de paz e cheio de gente; gente de todos os lugares, de todas as cores, raças e credos. Somos uma Nação que a própria natureza nos fez diferente, ordeira, trabalhadora e cheia de riquezas.

Infelizmente somos um povo dominado e que vive hoje nas mãos de uma quadrilha internacional. Vivemos sob o comando de uns vermes nojentos, entreguistas, sem consciência e sem pudor. São os mesmos vermes que nos querem fazer acreditar que somos uns seres menores, amaldiçoados e condenados e viver na pobreza para que eles possam desfrutar de todas as nossas riquezas e do domínio de nossas almas.

São esses memos vermes e grupos de parasitas que demonizam um ditador coreano e endeusam um tirano ianque. 

Então vamos questionar: quem é mais terrorista e ditador, a Coreia do Norte, que foi varrida pelos ianques, com milhões de mortos, ou os EUA que vivem invadindo países para se apoderarem das riquezas? 

Qual máquina de guerra que mais já matou na história da humanidade? A da Coreia do Norte ou a dos EUA?

É necessário que sempre se questione tudo. Não há nunca cem por cento de certo e nem cem por cento de errado quando se trata de ser humano, povos, países e nações.

Apesar de todas as desgraças que estamos vivendo, altualmente, tenho orgulho de ser Brasileiro e não troco meu País por outro qualquer. Lá fora só quero ser turista.

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Luiz Brandão

Luiz Brandão

Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.

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