Indicado pelo ex-presidente Michael Temer, o atual presidente nacional do Sebrae, o piauiense João Henrique Almeida Sousa, poderá ser destituído do cargo na próxima quarta-feira (17.04), durante a reunião do conselho deliberativo da entidade.
A queda do piauiense do cargo mais alto no Sebrae é já quase uma birra do ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, que já teria 11 dos 15 votos do conselho deliberativo para aprovar a destituição de João Henrique. Trata-se mesmo de uma perseguição para que o cargo seja dado a alguém do confiança do ministro "Tchutchuca" e do governo do Jair e de seus filhos.
João Henrique é um piauiense experiente. Considerado um dos líderes nacionais do PMDB, hoje MDB, ele já foi secretário de estado, deputado federal e ministro dos Transportes. Por isso está tranquilo com a demissão e diz que fez um bom trabalho à frente da instituição.
Ele assume su saída da presidência do Sebrae. E diz que será uma demissão política. Essa é uma explicação muito simplória. Claro que é uma demissão política. Como também foi a nomeação.
A explicação mais correta seria com base nos fatos. Primeiro porque o ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, considerou um golpe baixo do ex-presidente Michel Temer nomear amigos para cargos, como o do Sebrae, no apagar das luzes do governo advindo de um golpe parlamentar/judicial/midiático.
Segundo, porque Temer está como leproso na política. Está lá, num canto, como esquecido até por conveniência pra não chamar atenção da Polícia Política Federal. Temer não tem mais o que oferecer e garantir. Quase não tem mais quem queira sair na foto com ele, muito menos os novos e vaidosos donos do poder.
Para quem não lembra ou acha normal que Temer, como Aécio Neves e os outros caras das malas de dinheiro, esteja fora da prisão, aqui vai um lembrete: o ex-presidente já foi preso e solto por ser "homem limpo e de bem", ao contrário do que o "judiciário brasileiro" acha de Lula, em cujas contas não foi encontrado um centavo adquirido ilegalmente e está preso por causa de um apartamento que nunca pertenceu a ele ou à família dele.
Essa é verdade. E o modo de fazer política no Brasil não mudará tão cedo. O toma lá, dá cá, será sempre uma moeda forte e que funciona em todos os poderes, com privilégios a uns e sacrifícios a outros. Só haverá mudanças nesse modelo se for feita uma ampla reforma política, tributária o no Judiciário.
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