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Consumidor brasileiro parece extraterrestre: não reclama de quase nada

Sexta - 08/03/2019 às 19:03



Foto: Luiz Brandão No Piauí não existe peças de reposição pra esse novo e agora inservível ferro de passar da Arno
No Piauí não existe peças de reposição pra esse novo e agora inservível ferro de passar da Arno

O Brasil vive um caos total. Aqui não se cumpre a lei, não há justiça, as regras são quebradas e não há fiscalização séria em nenhum setor. O pior: muita gente aceita tudo isso como normal, calado e sem indignação e tudo que é de ruim "fica por isso mesmo". É como se essa gente não fosse vítima ou não sentisse nada; como se estivesse em transe ou completamente alienada e vivendo como um extraterrestre.

Um exemplo do desrespeito para com o povo brasileiro vem dos "fabricantes" de eletrodomésticos e de eletroeletrônicos. Eles não têm o menor respeito com os consumidores do país. A maioria dos produtos vem de países asiáticos, que exploram trabalhadores, inclusive crianças, com mão obra barata.

Para consumidores indefesos e  alienados isso não significa nada. Mas essa violação de direitos simples, como os do consumidor, prejudica o todos. Pagamos muito caro por essa abstração imposta pelas indústrias que nada produzem, mas emprestam suas marcas para a pirataria em mercados onde ninguém se cobra nada (no caso Brasil, até porque não se tem a quem recorrer de forma eficaz).

A Arno, uma marca famosa, vende agora produtos vindos da China. Até aí tudo beleza. Mas o problema começa quando esses "piratas" caem nas mãos do consumidor. Um simples ferro de passar roupas vira um monstro para uma dona de casa ou um assalariado. Por falta de uma pequena peça para reposição, a vítima, por necessidade, acaba comparando um novo ferro de passar, que custa uns R$ 150,00, quando poderia gastar apenas R$ 10,00 ou R$ 15,00 com a peça defeituosa.

Você já se deu conta de que essa falta de peças de reposição nas "autorizadas" é proposital? Essa falta força o consumidor a comprar, novamente, o mesmo ferro de passar para aumentar os lucros e explorar o cidadão indefeso ou alienado.

Isso é real. O problema maior é que, no Brasil, quase ninguém reclama. Aliás, o "povo brasileiro é muito pacato" e praticamente não cobra nada. Aceita ser enganado por criminosos e fica no "deixa pra lá". Pois eu não sou nem quero ser pacato. E que se dane os que pensam que é perda de tempo reclamar.

Esse ser pacato, quase um extraterrestre, aceita bandidos nos poderes e em todo lugar. Aguenta tudo (ou quase tudo) caladinho. Prefere cobrar da Venezuela, de Nicolás Maduro, que exigir respeito aos seus direitos aqui na terra de Macunaíma. Um absurdo! O pior é achar que reclamar é perda de tempo, não se dando conta de que é desse jeitinho mesmo que os capitalistas querem que o povo pense.

Por isso conclamo: Amigos consumidores, uni-vos!! Procure o Procon de sua cidade. Boicote marcas que não tenham respeito por seu dinheiro. Lembre-se: seu dinheiro tem o mesmo valor do dinheiro dos milionários, dos governadores, dos deputados, senadores, juízes, promotores e outras castas. Você pode não ter o mesmo volume de dinheiro dessa gente, mas o que você tem vale igual. Uma cédula de R$ 50,00 de um pobre tem, pelo menos na aritmética, o mesmo valor da nota de R$ 50,00 de um rico.

Carraços impunes. Vai ficar por isso mesmo?

E a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não vai punir seus comandados liderados pelo Deltan Dallagnol? Ele e seus colegas pegaram R$ 2,5 da Petrobras, em nome da Lava Jato, para bancar uma “fundação” criada, ilegalmente, por eles e para eles. É uma espécia de Caixa 2 da Lava Jato. E vai ficar por isso mesmo. E o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Governo não vão fazer nada?

Povo mudo e oprimido

E o pior: não há  indignação contra isso. É como se eles fossem deuses e estivessem acima da lei e de tudo. Um absurdo. Mas normal no Brasil de hoje.

Entreguismo e fim da soberania

Na minha modesta opinião, acho que pegar dinheiro para criar entidades usando instituições federais em coluio com autoridades dos Estados Unidos é imoral, ilegal e um grande crime. É o mesmo que criar um Estado Paralelo. Além do mais, mostra o entreguismo do nosso país e das nossas riquezas para os americanos por “autoridades” que deveriam fazer exatamente o contrário e garantir a soberania do Brasil. Um absurdo.

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Luiz Brandão

Luiz Brandão

Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.

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