Artigos & Opinião

Mídia do Terceiro Mundo


Por Deusval Lacerda de Moraes

Não é fácil a mídia dos chamados países subdesenvolvidos, terceiro-mundistas ou em fase de desenvolvimento cumprir fielmente o seu papel de ser efetivamente instrumento do desenvolvimento social e de informar condigna e corretamente a sociedade.

As amarras as quais estão ocasionalmente submetidas - ou através das posições ideológicas desaguadoras no retrocesso e/ou no atraso ou por meio do alinhamento do status quo dominante como segmento econômico em busca da lucratividade -, não permitem que exerçam livremente a sua atribuição de fator indutor do conhecimento e do progresso da nacionalidade.

No Brasil, de modo especial, esses entraves, ao longo da sua história, ocorreram de forma sintomática. Não houve uma única etapa da historiografia política brasileira que os esquemas governistas não contassem com a grande imprensa, ou mais modernamente a grande mídia.

Lógico que sim. Algumas delas, inclusive, nasceram nesses ciclos da história pátria, como arregimentação de apoio ao sistema de poder instalado ou imposto e de controle informativo da sociedade. Exemplo típico foi a TV Globo, originada em 1965, logo após o Golpe Militar de 1964 como órgão informativo do regime de exceção, chegando ao desplante de ignorar as multidões das Diretas Já!, que lutavam pela restauração da democracia do Brasil.

Comportamento idêntico ao que recentemente se portou ao ignorar inexoravelmente o sucesso da Caravana do Lula pelo Nordeste, uma vez que está de corpo e alma comprometida com o golpe parlamentar-constitucional-judicial que colocou o golpista Michel Temer no centro do poder da República.

Da mesma forma se comporta praticamente a grande mídia em geral, de maneira inteiramente destoante com os direitos e garantias fundamentais e individuais da pessoa humana salvaguardados no constitucionalismo brasileiro, quando se refere velada ou claramente sobre as acusações incomprovadas do ex-presidente Lula a respeito da sua culpa em plena instrução processual, em inegável Lawfare midiático a serviço do sistema usurpador.

O disparate chega ao cúmulo de o governo espúrio não possuir uma única ação em benefício da nossa população, considerando que o Brasil possui 207 milhões de habitantes, em desbragada omissão governamental. E não reconhece também as políticas públicas benfazejas promovidas no governo Lula com o firme propósito de deixá-las cair no esquecimento.

Observa-se, assim, o quanto o Brasil precisa mudar para, livrando-se dos seus arraigados vícios e defeitos, rumar-se para a construção de uma Nação sem disfarces na busca de um futuro grandioso para o seu povo e as suas instituições democráticas.

Do exposto, inadmissívelmente ainda sobressaem-se no embate encarniçado pelas benesses do poder por certos segmentos, em prejuízo da grande maioria dos brasileiros, em franca demonstração que injustiças e/ou outras manifestações ignóbeis valem praticar para amealhar vantagens indevidas de caráter corporativo, ou seja, o seu butim. Fica difícil desse jeito.

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