Foto: Irina Motina
Painel em São Petesburgo exibe homenagem a vítimas de ataque terrorista em Moscou
Moscou está sob alerta após um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) nos arredores da capital deixar pelo menos 144 mortos no final de março. O ataque aconteceu no Crocus City Hall, uma casa de concertos onde aconteceria um show e no qual os agressores abriram fogo.
O atentado foi o primeiro do tipo a ocorrer no país em mais de uma década e trouxe à memória uma série de ações de empreendidas por radicais islâmicos, insatisfeitos com o controle russo sobre as repúblicas muçulmanas do Cáucaso, no sul do país, após o desmembramento da União Soviética.
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Após o incidente, autoridades dos Estados Unidos disseram ter notificado a Rússia sobre a iminência de um ataque e afirmaram ter informações que mostravam a participação do braço afegão do grupo, o Estado Islâmico Khorasan.
A reivindicação da autoria do atentado pelo EI, porém, não foi suficiente para dissipar a desconfiança do Kremlin em relação à Ucrânia, país com quem Moscou trava uma guerra desde 2022. A narrativa oficial tem insistido que combatentes islâmicos não seriam capazes de fazer o ataque sozinhos e que Kiev pode ter participado dele. A Ucrânia nega qualquer envolvimento.
No início da semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que seu país vai descobrir quem esteve por trás do atentado. "Certamente chegaremos aos responsáveis finais", afirmou o líder em uma reunião com autoridades do Ministério do Interior. "Pagamos um preço muito alto, e toda a análise da situação deve ser extremamente objetiva e profissional."
Nesta terça, o Comitê de Investigação do Estado da Rússia afirmou que parte do capital que passou pela empresa de petróleo e gás ucraniana Burisma, dissolvida no ano passado, financiou "ataques terroristas" e assassinatos na Rússia e em outros países nos últimos anos.
Fonte: UOL
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