Política

Wellington promete trabalhar em sintonia com Brasília

"Nós somos parte da federação e não vamos atuar isoladamente", garantiu

Sexta - 14/12/2018 às 20:12



Foto: Paulo Brandão Governador Wellington Dias no encontro do PT
Governador Wellington Dias no encontro do PT

O Estado precisa recuperar a capacidade de investimento, para não se tornar um pagador de folha de pessoal e de fornecedor. O governador do Piauí, Wellington Dias, chegou por volta das 16h50 desta sexta-feira (14), ao auditório do Real Palace Hotel, no Centro de Teresina, defendendo uma articulação com as bancada federal e estadual e com o governo federal para conseguir alavancar os investimentos necessários para a retomada do crescimento e assim movimentar a economia.

“Não podemos perder a capacidade de investimento. O Estado usar toda a sua receita para pagar a folha, cobrir custeio, pagar aposentados... neste caso você termina um ano do jeito que começou e dessa forma você não contribui para elevar as condições do Estado. Todo cuidado que estou tendo é para que o Piauí tenha as condições, com as nossas receitas dos três poderes, de sobrar alguma coisa para investimento”.

Wellington Dias entende que o Estado não pode perder a capacidade de crédito de financiamento e precisa ter as condições de honrar as contrapartidas, em parceria com o governo federal, “com integração que vamos manter com a bancada estadual, com bancada federal”.

“Estamos aí trabalhando para garantir verbas para essa área de recursos hídricos. A União entra com a parte, mas precisa de uma outra parte de recursos do Estado. Isso aqui é fundamental para que possamos ter com o crescimento da economia, o crescimento da receita, ou seja, uma alavancando o outro”, defendeu.

Sobre a relação com o governo Bolsonaro, Wellington Dias comparou as duas gestões com uma orquestra, de difícil afinação. “Nós vamos ter uma orquestra que não é fácil de afinação porque enquanto partido há uma missão do Partido dos Trabalhadores com outros partidos de tratar uma estratégia política que tenha por objetivo atuar como oposição. Do outro lado, temos uma outra missão para quem está no parlamento, seja na Câmara e no Senado e ainda para quem está no Executivo, o governador, porque nós vamos ter que seguir com nossos projetos”, garantiu o governador.

Wellington lembrou que nos governos anteriores, de Lula e Dilma, o Piauí trabalhava em sintonia com Brasília. “Antes, quando a gente trabalhava um projeto de educação, por exemplo, a gente tinha a segurança de que era semelhante ao projeto nacional. Sabia que era prioridade a expansão da educação técnica, a educação superior, a redução do analfabetismo.  Quando a gente fala na política social, em teto dos gastos, quem é que mais está sofrendo é o lado social. A demanda não para de crescer e você não pode baixar um decreto proibindo a pessoa de adoecer. As pessoas que vivem da agricultura familiar vão continuar precisando de assistência técnica”, citou.

O governador citou o exemplo de alunos de curso de qualificação que tiveram as bolsas cortadas. “As pessoas que estão concluindo uma qualificação em Agronomia, em algumas áreas de nível superior, onde o PT governa, nós vamos ter que, com os nossos recursos, apoiar para dar viabilidade. São momentos desafiadores. A uma federação e, enquanto Piauí, nós vamos trabalhar integrado com o governo federal. Nós vamos buscar aquilo que tem de prioridade e ver como apresentar projetos com prioridade na área da segurança, por exemplo. Do outro lado, vamos contribuir para que também sejamos ouvidos. Nós somos parte da federação brasileira e não vamos atuar isoladamente. O Piauí junto com outros estados de todas as regiões, junto com o setor público, com o setor privado, vamos também buscar influenciar junto ao governo federal, todos pelo Brasil. O que eu aprendi, ao longo da experiência, é que ninguém faz nada sozinho. Hoje, pela pactuação brasileira, há a necessidade uma forte integração”, reiterou.

Wellington Dias discursa no Encontro do PT em Teresina
Wellington Dias discursa no Encontro do PT em Teresina   [Foto: Paulo Brandão/PH]

 

Fonte: Paulo Brandão

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