Foto: Paulo Pincel
Governador Wellington Dias
O governador Wellington Dias (PT) quer fazer uma reforma no secretariado com pelo menos dois objetivos: o primeiro seria evitar formação de um "blocão" e seus consequente isolamento político, como foi tentado outras vezes. O segundo seria abrir espaços para interlocutores junto ao governo federal para garantir recurso para projetos do estado.
A informação é de um importante interlocutor político do governo. Segundo ele, Wellington Dias planeja convidar o PMDB e o PC do B para compor seu governo. Antes, porém, o governador vai ouvir importantes lideranças política aliadas e até de fora do governo e também reunir todo o secretariado para saber que decisão tomar.
Uma reunião que havia sido pensada para o início desta semana acabou não acontecendo porque o governador resolveu esperar mais um pouco para avaliar melhor o resultado das urnas e também teve que resolver assuntos particulares e familiares que vinha adiando por conta da campanha eleitoral.
Wellington Dias quer evitar a tentativa de isolamento do PT nas eleições de 2018, quando ele deverá disputar o quarto mandato de governador. Para isso, terá de começar a mexer no tabuleiro político, que no atual sistema, passa inevitavelmente, por cargos.
O governador sabe que enfrentará reações internas do PT, já que as “feridas do impeachment” estão abertas. Os petistas consideram o PMDB e o PP os principais responsáveis pelo "golpe" que derrubou a presidente Dilma Rousseff do cargo e tirou o PT do poder central.
No entanto, Wellington Dias considera que com o PMDB no governo ele fortalecerá sua base de sustentação na Assembleia Legislativa e ao mesmo garante apoio aos projetos do estado junto a um governo federal, claramente hostil aos petistas.
Para atrair o PMDB, o governador oferecerá ao partido cargos e uma importante secretaria, que poderá ser até a de Educação, hoje ocupada pela primeira dama e deputada federal Rejane Dias. O mesmo deverá ser feito em relação ao PC do B, fiel aliado do PT na luta contra a derrubada do governo petista.
Fonte: Luiz Brandão
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