Política

Wellington Dias é abandonado pela bancada federal

Deputados e senadores se calam sobre cortes de verbas pelo governo Temer

Terça - 19/09/2017 às 18:09



Foto: Arquivo Wellington Dias reunido com a bancada federal
Wellington Dias reunido com a bancada federal

A situação financeira do Estado é grave. O governo guarda o almoço para comer na janta. E o que muitos previam para o próximo ano aconteceu mais cedo: o governador Wellington Dias foi abandonado à própria sorte pelos aliados, aqui e em Brasília.

O Piauí vendo as verbas federais minguarem desde a virada do segundo semestre e a bandada federal omissa...todo mundo calado, feito passarinho na muda. E pode sobrar para o funcionalismo. A luz vermelha acendeu, admitiu o secretário de Estado da Fazenda, Rafael Fonteles, na televisão.

No parlamento, ninguém diz nada, nenhuma voz se levanta na tribuna. Na Assembleia Legislativa, só quem fala é a oposição, mas para xingar, e muito, o governo. Na Câmara e no Senado, a defesa do Piauí é zero. E o estado amargando, desde julho, perdas consideráveis de recursos por conta da queda nos repasses federais.

Esses cortes podem comprometer o pagamento dos servidores públicos, como já acontece com estados mais “abastados” como o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, onde a folha atrasou e está sendo paga parcelada.

Nem a equipe econômica do governo e nem o próprio Wellington Dias escondem mais que a situação financeira do Estado é instável e que o equilíbrio das contas é tênue, apontando para um futuro incerto em relação ao pagamento de pessoal, inclusive o 13º salário – o Piauí é um dos poucos estados que vem pagando o décimo antes de final do ano.

Os auxiliares de Wellington Dias têm se revezado nos estúdios e nas redações para explicar que a situação é grave e requer sacrifícios. De todos, inclusive do próprio Executivo, que precisar dar o exemplo e evitar despesas desnecessárias neste momento de extrema instabilidade política, que compromete a situação financeira em todos os níveis da administração pública. Quando não há alternativa, a saída é improvisar, economizar, e estados e municípios fazem “mágica” para sobreviver. Afinal, em casa de saci, uma calça tem que dar para dois.

    

Fonte: Redação/Correio Braziliense

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