Política

Wellington denuncia no Supremo perseguição ao Piauí

Governador relatou impasse sobre empréstimo ao ministro Edson Fachin

Sexta - 27/04/2018 às 18:04



Foto: Montagem/Paulo Pincel Governador Wellington Dias foi ao Supremo Tribunal Federal
Governador Wellington Dias foi ao Supremo Tribunal Federal

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT) esteve em Brasília, na manhã desta sexta-feira (27), com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, quando reclamou de perseguição política contra o seu governo, o que tem impedido a liberação do empréstimo no valor de R$ 315 milhões pela Caixa Econômica Federal. 

Fachin havia estabelecido um prazo até terça-feira (24), para que a Caixa encaminhasse ao Supremo Tribunal Federal o cronograma de desembolso da operação de crédito com o governo do Piauí.

Esta semana, o Estado do Piauí ingressou com uma representação ao ministro Edson Fachin pedindo, no prazo de 48 horas, a liberação do empréstimo junto à Caixa Federal. O procurador-geral do Estado, Plínio Clerton, e o chefe do escritório do Piauí em Brasília, Roberto John, acompanharam o governador na audiência no STF.

“Não é fácil comprovar, alguém da ética, alguém que é correto... eu ouvia e posso dizer hoje porque tenho provas, eu ouvia, quando ia a um ministério, quando aí a algum lugar pedir pela liberação desse empréstimo, eu ouvia dizer: “só libera se você garantir que a bancada do Piauí toda vai votar a favor da reforma trabalhista, da reforma da Previdência”. Não é correto. Os partidos têm suas posições, dos parlamentares são livres tanto na Câmara, quanto no Senado, têm a liberdade de se inteirar, prestam conta com o povo eles vão votar de acordo com seu convencimento. “Não. Só libera o empréstimo se garantir voto na Previdência”. Não conseguia provar isso, era difícil”, lembrou Wellington sobre o achaque a governadores praticados por aliados do governo Temer.

Marun

Wellington Dias citou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que foi advertido pela Comissão de Ética da Câmara por pressionar governadores a apoiar as reformas propostas por Michel Temer, sob pena de não serem contemplados com recursos federais.    

“Quis Deus que o deputado Marun,  líder do Governo na Câmara, viesse a público de viva voz dizer isso: “olha só vai ter liberação de empréstimo para quem seguir aqui as orientações do governo, aprovando as reformas, seja ela trabalhistas e seja da Previdência. Quem não votar para o governo não tem dinheiro de empréstimo. Foi mais ou menos isso o que foi dito. Agora, por coincidência, no momento em que eu estou aqui em Brasília tratando desse tema e essa foi a razão principal para a gente poder recorrer ao Supremo, mostrar que aqueles princípios da moralidade, da liberdade, da improbidade, ou seja, do livre discernimento, da Independência, não estava acontecendo e o conselho de ética da Câmara Federal aplicou agora uma punição ao deputado Marun, uma pena de advertência, e isso é muito raro acontecer no Brasil. Ainda mais alguém que é deputado, hoje ministro, não é fácil", avaliou.

O governador advertiu que existe gente "graúda" por trás dessa demora para protelare até impedir a liberação dos recursos do empréstimo justamente para provocar desgaste ao governo. "Então isso mostra o quanto nós temos peso pesado nessa luta contra o interesse do Piauí. Por isso que nós temos que ter a Lei e o Supremo do nosso lado. Exatamente para proteger o Piauí de poderosos, que estão trabalhando contra os interesses maiores do povo do Piauí. E se Deus quiser vamos vencer”, crê.

Fonte: CCom

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