Polícia

Segurança vendeu prova do concurso da PM por R$ 2 mil

Polícia Civil deu informações sobre as investigações da fraude do concurso da Polícia Militar

Sexta - 07/07/2017 às 15:07



Foto: Roberto Araújo Coletiva na Polícia Civil do Piauí
Coletiva na Polícia Civil do Piauí

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (07), os delegados da Polícia Civil Riedel Batista e Kleydson Ferreira repassaram detalhes sobre as investigações acerca da fraude do concurso da Polícia Militar do Piauí, ocorrida em 21 de maio de 2017.

Foi preso na manhã de hoje (7) Tadeu Bruno do Nascimento Silva, 28 anos, segurança de um shopping, por repassar informações da prova de Português para duas pessoas por meio de redes sociais. De acordo com a Polícia Civil, Tadeu negociou o repasse da prova para as duas pessoas pelo valor de R$ 2 mil. Tadeu ainda receberia mais 10 vezes o valor do salário dos candidatos aprovados envolvidos na fraude. 

A Polícia conta que fez uma investigação "reversa". A partir da prisão de um homem ainda no dia da prova que teve acesso às questões antecipadamente, a polícia chegou até o vigilante. "A gente fez uma linha reversa. Investigamos todo mundo que teve acesso compartilhado dessas questões da prova de português e chegamos até esta pessoa [segurança] que foi quem levou a prova de impressa na quinta-feira, quatro dias antes da prova, e deu a dois candidatos, que foram quem distribuiram nas redes sociais e para outras pessoas", disse o delegado Cleydson.

O preso negou ter tido qualquer informação privilegiada a respeito da prova. De acordo com a Polícia, em seu depoimento, Tadeu disse que recebeu as questões via whatsapp no sábado. Porém, a Polícia afirma que tem provas de que ele não só recebeu a prova por meios privilegiados, mas como também negociou a venda das questões.

No total, a operação já prendeu 15 pessoas, das quais, 11 em flagrante. A Polícia também realizou uma condução coercitiva de uma pessoa que não foi identificada. Também foram procedidos mandatos de busca e apreensão na região dos bairros Ilhotas, Portal da Alegria e Bela Vista, onde foram recolhidas provas, como HDs, pendrives e computadores. O material está sendo analisado pela polícia.

Fonte: Roberto Araujo

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