Mundo

Venezuela: Parlamento prevê inflação de quase 4.300.000%

O deputado economista Angel Alvarado disse que o Parlamento prevê que a inação chegará a 4.292.102% no fechamento deste ano

Terça - 09/10/2018 às 17:10



Foto: spotniks.com Venezuela
Venezuela

A Assembleia Nacional da Venezuela, Parlamento controlado pela oposição ao governo de Nicolás Maduro, informou que a inação do país em 2018 será de quase 4.300.000%, segundo cálculos de especialistas, o que supera as previsões mais negativas até agora sobre a alta dos preços. O deputado economista Angel Alvarado disse que o Parlamento prevê que a inação chegará a 4.292.102% no fechamento deste ano e que só em setembro o indicador disparou 233,3%, o número mais alto registrado em um mês em toda a história da Venezuela. 

A alta diária dos preços em setembro foi de pouco mais de 4%, um número similar ao vericado em agosto, e a inação acumulada neste ano chegou a 115.824%. Em entrevista coletiva, o legislador Juan Andrés Mejía disse que a inação no país "não vai cair, mas aumentar", e recomendou aos venezuelanos comprar "algum ativo" com o dinheiro que tenham nos bancos.

"Não deixe dinheiro no banco, para que pelo menos não perca seu valor", armou. Segundo Mejía, o aumento da base monetária em 173,4% no último mês e meio e as recentes decisões do governo de Nicolás Maduro no âmbito econômico, são os principais causadores do alto índice de inação no país.

"Entendemos que essa situação não vai mudar se não houver uma mudança do modelo. Se não houver uma mudança de quem dirige a economia", acrescentou. O Parlamento venezuelano, que informa os números da inação desde janeiro de 2017 de forma independente do governo, já que o Banco Central está há mais de dois anos sem dar esses dados, disse, no começo de setembro, que o último pacote de medidas econômicas anunciado por Maduro "disparou a hiperinação" que afeta o país desde outubro de 2017. O Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha calculado que a inação fecharia 2018 em 1.000.000% 

Fonte: Agência Brasil

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: