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Vaticano cria rede global contra a máfia e a corrupção

O documento leva em consideração um pedido de "Não à corrupção", que o papa Francisco determinou

Terça - 01/08/2017 às 16:08



Foto: Ultra Curioso Vaticano
Vaticano

- O Vaticano anunciou nesta terça-feira (1) que criará uma "rede internacional" para combater a máfia e a corrupção espalhadas pelo mundo. A decisão vem na sequência de uma reunião sobre os temas, realizada no dia 15 de junho, pela Consulta sobre a Justiça do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. "A Igreja no mundo é já uma rede e por isso pode e deve colocar-se a serviço de tal intenção com coragem, decisão, transparência, espírito de colaboração e criatividade", diz a Santa Sé em um comunicado. O documento leva em consideração um pedido de "Não à corrupção", que o papa Francisco determinou como tema de sua rede mundial de orações para fevereiro de 2018.

Quando fez o anúncio, ele lembrou beato Giuseppe Puglisi, sacerdote e mártir, pedindo para que "aqueles que tem poder material, político ou espiritual não se deixem dominar pela corrupção". Ainda segundo o Dicastério, a partir de setembro, a Consulta Internacional sobre a Justiça informará sobre quais serão as iniciativas a serem adotadas a partir do próximo ano. "A corrupção, antes de ser um ato, é uma condição. Aqui há a necessidade da cultura, da educação, da instrução, da ação institucional, da participação, da cidadania", diz ainda a nota.

Segundo o Vaticano, a rede "não se reduzirá a algumas exortações porque serão necessários alguns gestos concretos". A notícia da criação da nova rede surge no mesmo dia em que foi revelado um apelo do Pontífice aos jovens brasileiros para que eles lutem contra a corrupção. "Vocês são a esperança do Brasil e do mundo, não tenham medo de combater a corrupção", escreveu em mensagem enviada aos participantes de um evento organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. - Excomunhão: Além de apresentar a nova rede contra os dois tipos de crime, a Consulta sobre a Justiça informou que "aprofundará o estudo para uma resposta global - através das Conferências Episcopais e as igrejas locais - sobre a excomunhão de mafiosos e às organizações criminosas afins e sobre a perspectiva de excomunhão pela corrupção". "Este caminho não será simples.

A Igreja está espalhada pelo mundo e é preciso colocar e escutar todas as suas articulações para proceder no diálogo também com não cristãos, de maneira participativa, transparente e eficaz", diz o comunicado. O texto ainda afirma que o Dicastério quer "fazer ressoar a mensagem de justiça e paz do papa Francisco". "A corrupção, de fato, causa falta de paz, assim a Consulta aprofundará também a relação entre os processos de paz e formas de corrupção", acrescenta. (ANSA

Fonte: UOL

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