Economia

Analise e veja se vale a pena investir seu dinheiro a curto prazo?

Antes de tudo, é preciso avaliar onde serão usados os rendimentos da aplicação: pense que curto prazo é para hoje; longo prazo, para o futuro

Sábado - 25/05/2019 às 14:05



Foto: Divulgação Calculo Rendimento da Poupança
Calculo Rendimento da Poupança

Toda aplicação é boa e ruim, ao mesmo tempo. Tudo depende do que se espera alcançar ao investir e quais os riscos se pretende assumir. Então, mesmo que um investidor esteja feliz com um título de renda fixa, de rentabilidade esperada e resgate no longo prazo, isso pode ser um pesadelo para outra pessoa.

Dito isso, é possível sim realizar bons investimentos no curto prazo — com resgate em até um ano. No entanto, é fundamental avaliar todas as características dessa aplicação para evitar surpresas desagradáveis pelo caminho.

Isso, porque a essência desse tipo de investimento é simplicidade e agilidade. Por esse motivo, exige que o investidor tenha conhecimento mínimo sobre si mesmo, financeiramente falando, sobre o mercado e, claro, alguma experiência prática no assunto.

Isso não significa que se trata de investimentos indicados apenas para grandes empresários, com disponibilidade exorbitante de recursos; na realidade, pode também fazer parte de uma estratégia de investimento de iniciantes, desde que se tenha uma carteira diversificada.

Outro ponto fundamental é encontrar um ativo que se adeque às suas necessidades. Como mencionado acima, um investimento interessante para alguém, pode trazer prejuízo a outro investidor.

Quando e para quem os investimentos de curto prazo são bons?

Antes de tudo, é preciso avaliar onde serão usados os rendimentos da aplicação: pense que curto prazo é para hoje; longo prazo, para o futuro. Assim, quando já se tem uma reserva de emergência, que traz a tranquilidade do presente, pode valer a pena aguardar um investimento de médio ou longo prazos.

Aqui, permanece a dica de sempre distribuir os ovos em mais de uma cesta para evitar que todos quebrem juntos. Ou seja, distribuir recursos faz com que sempre haja dinheiro em todos os momentos.

Por exemplo, caso já tenha investido em uma aplicação segura de curto prazo, alta liquidez e rentabilidade atraente, como o Tesouro Direto (vale ressaltar que o rendimento da poupança não é válido), é possível aplicar certa quantia no longo prazo com baixa liquidez.

De todo modo, para quem ainda está planejando onde investir, é imprescindível pensar no curto prazo. Seja para perfis mais arrojados, que se beneficiam da rentabilidade vinda de risco, seja para os mais conservadores, ao criar reservas de emergência.

Esse tipo de fundo é, na realidade, indicado a todas as pessoas, pois impede que quaisquer contratempos possam atrapalhar o plano financeiro, independentemente do prazo – normalmente equivale a 6 salários.

Como investir no curto prazo?

Nesse tipo de investimento, é possível ver melhor como a relação de risco e retorno funciona e como todas as características estão interligadas. Isso, porque, normalmente, prazo e liquidez trazem menores rentabilidade e, para compensar, é preciso arriscar um pouco mais.

Não significa, claro, que o curto prazo não é ideal para conservadores, até porque o Tesouro Direto é exemplo de um título seguro com resgate em menos de um ano. No entanto, existem situações em que é válido arriscar um pouco mais em nome do retorno.

Normalmente, esse tipo de aplicação rende até 100% do CDI, mas existem ativos mais arriscados – sem a cobertura do FGC, por exemplo – que podem ser mais vantajosos, dependendo do perfil de cada investidor.

Outros fatores também podem contribuir para melhores rendimentos:

menor liquidez; aporte inicial e mensais maiores; período maior de aplicação; menor custo e taxas, maior risco.

Lembrando que, como sempre, tudo deve ser ponderado de acordo com o perfil e o objetivo que se pretende realizar. Cada cenário é único e faz com que o comportamento das aplicações seja diferente para cada investidor também.

Após essa avaliação, é preciso escolher, dentro do curto prazo, qual será o tempo de aplicação ideal. É possível resgatar os rendimentos dentro de três meses, ou mesmo dentro de um ano.

Para três meses, por exemplo, vale aplicar em CDBs e Letras de Crédito, por possuírem prazos menores e menos carência. Claro, é preciso avaliar quais os títulos têm essas características dentro de cada categoria para evitar surpresas.

Para 6 meses, já é possível aplicar no Tesouro Selic, além das opções acima, pois eles acompanham a taxa básica de juros. É preciso apenas avaliar se o rendimento é interessante, por conta do pagamento do Imposto de Renda em 22,5% – para resgates de até 180 dias.

Para 1 ano, a alíquota do IR vai para 17,5%, então o retorno desse investimento é maior. Nesse período, o CDB parece valorizar-se mais que as outras aplicações, então é uma opção bastante válida. Só é preciso lembrar-se de um título que possua liquidez diária.

É importante ressaltar que, por mais que hajam taxas ou custos a se pagar, investir no curto prazo também é fundamental. Basta ponderar os dispêndios e encontrar o investimento que mais tem a ver com os objetivos.

Fonte: Piauihoje

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