Foto: Reprodução/portalsamita.com
Seca no Piauí entra no sexto ano consecutivo
Quarenta municípios do Piauí tiveram os decretos de emergência reconhecidos pela União por causa da falta de água para abastecimento das populações. Os decretos foram publicados no Diário Oficial de segunda-feira (6), segundo o secretário estadual de Defesa Civil, Hélio Isaías. O Piauí entra no sexto ano consecutivo de estiagem, com pouca chuvas e muito sofrimento para as populações.
“No ano passado nós tivemos o inverno não muito bom, chovendo no período de janeiro até a metade de março. Neste ano de 2017, a dificuldade está maior porque em janeiro, nas regiões que compõem o semiárido piauiense, onde a média de chuva é de 600 milímetros, a perspectiva é de que vai chover abaixo dessa média anual, dificultando ainda mais a vida do agricultor, principalmente na questão do abastecimento de água”, ressaltou.
Em algumas cidade do Piauí, os reservatórios apresentam níveis críticos de acúmulo de água devido à falta de chuva. Em São Raimundo Nonato, a Barragem Petrônio Portela, que tem a capacidade de 181 milhões metros cúbicos, está com apenas 6.75 da sua capacidade. A barragem atende a nove municípios da região.
“Não vão ter recarga este ano. E governo federal reconheceu que 40 municípios do Piauí estão em estado de emergência. Até o dia 12 de janeiro, nós tínhamos 124 municípios em estado de emergência. Em algumas regiões registrando as chuva, como na região dos cerrados, mas no semiárido piauiense, tanto para a produção agrícola quanto para o abastecimento de água na zona rural e até na sede dos municípios”.
Os decretos de emergência têm validade de 180 dias e, durante a sua vigência, as prefeituras podem solicitar recursos federais para execução de obras emergenciais como a contratação de carros-pipa, construção de adutoras e perfuração de poços.
Os decretos também possibilitam que os agricultores e pecuaristas tenham acesso a benefícios como a renegociação de dívidas junto aos bancos oficiais, aquisição de cestas básicas junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), além da possibilidade da liberação de financiamentos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para a retomada dos negócios.
“Alguns interpretam o que os estado de emergência apenas para facilitar a questão da compra sem licitação, mas não se trata disso. Há uma dificuldade no campo. As pessoas querem plantar e colher. Os município precisam ter seu abastecimento da água garantido.
Como fazem os agricultores em período de seca, Hálio Isaías apela ao céu para que São Pedro mande chuva para amenizar o sofrimento o sertanejo. “Temos na região de Marcolândia, Jaicós, Alegrete e outras a gente do Piauí onde abastecimento de água está prejudicado por causa da escassez de chuvas. Nós esperamos que São Pedro seja caridoso com nosso estado e possa colocar chuva nos meses de fevereiro, março e abril”, apela o secretário.
Fonte: Paulo Pincel
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