Política Nacional

Um dos primeiros empresários a apoiar Lula e o PT diz que Brasil está a beira do abismo

Lawrence Pih, que foi um dos primeiros empresários a apoiar Lula, ainda nos anos 80, até sua última eleição, em 2006, quando rompeu com o ex-presidente e o PT

Segunda - 22/04/2019 às 21:04



Foto: Reprodução Empresário Lawrence Pih
Empresário Lawrence Pih

Um dos primeiros grandes nomes do mundo empresarial a declarar apoio a Lula e ainda contribuir financeiramente com sua candidatura, ainda nos anos 80, o empresário Lawrence Pih afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo divulgada nesta segunda-feira (22), que o Brasil “está a beira do abismo”.

Pih, que vendeu o Moinho Pacífico, um dos maiores processadores de trigo do país, e agora atua como investidor, apoiou Lula até sua última eleição, em 2006. Rompido com o PT desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando avaliou que o governo estava tomando decisões erradas no âmbito social e da economia, o executivo avalia agora que o Brasil, sob o governo de Jair Bolsonaro, está pouco atrativo para investidores.

“Está tudo travado. Estamos a um passo do abismo”, disparou. De acordo com Pih, “por enquanto, não há como investir aqui [no Brasil]”.

“Com essa turbulência aqui no Brasil, fica mais difícil. O mercado brasileiro está dando muito peso para a reforma da Previdência”, pontuou. “Mesmo se ocorrer a reforma da Previdência, não vai resolver o problema. Não é uma bala de prata. Estão dando um peso muito além do que essa reforma pode proporcionar em termos de elevar a economia para poder levar a um crescimento sustentável”, pontuou o empresário, que revelou ainda que até agora não entendeu a estratégia econômica de Bolsonaro.

Na entrevista, Pih disparou ainda contra o partido do presidente, o PSL, e sua atuação no Congresso. Eu dizia que nessa renovação cresceu o PSL, um partido que não é um partido, mas um aglomerado de egos com nível intelectual sofrível”, disse. E ainda completou: “A que ponto chegou o país? O que você espera que pode mudar no Congresso? Não mudou absolutamente nada. O nível moral e ético está no mesmo lugar em que estava antes. O poder do Congresso é enorme e pode inviabilizar um governo. E o número mágico é 342, que são os votos necessários para um impeachment.

Confira a íntegra da entrevista aqui.

Fonte: Revista Forum

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