Universidades paralisam atividades hoje contra reformas de Temer

O ato público acontecerá amanhã na Frei Serafim contra reformas que tiram direitos dos trabalhadores


Paralisação da Ufpi, Uespi e Ifpi

Paralisação da Ufpi, Uespi e Ifpi Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (29), haverá a paralisação das universidades públicas em todo o país contra medidas do governo Temer. No Piauí, os docentes da Uespi, Ufpi, Ifpi e diversas centrais sindicais aderiram ao movimento, contra reformas que tiram os direitos dos trabalhadores como: a PLP 257/16, a PEC 241/16, a reforma da previdência e trabalhista e a reforma do ensino médio, que pretende tirar matérias importantes da grade curricular do Ensino Médio e desestabilizar os cursos de licenciatura nas áreas. Além da paralisação está previsto o ato público que irá acontecer às 9 horas, em frente ao Ministério do Trabalho na Avenida Frei Serafim, centro de Teresina.

Para entender bem os motivos das reinvidicações dos docentes confira a carta assinada pelos reitores dos institutos federais de todo o país e das universidades públicas do Piauí:
 

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, integrada por instituições multicampi e pluricurriculares situadas em todas as regiões brasileiras, é composta por mais de 650 unidades, em 568 municípios, que executam amplo espectro de políticas públicas educacionais, focadas no mundo do trabalho e na perspectiva humanística, cuja concepção prioriza a inclusão social e a formação integrada de mais de um milhão de jovens e adultos, em toda diversidade, em especial, os menos favorecidos.

Nós, reitores, pró-reitores e diretores gerais, durante a 40ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica – REDITEC, realizada em Vitória-ES, no período de 23 a 27 de setembro de 2016, preocupados com a sua solidez, nos posicionamos ante os últimos fatos inerentes ao cenário educacional brasileiro, em especial a educação pública e gratuita, os quais, adiante assinalados, enfraquecem os fundamentos dessa rede.

1. Edição da MP 746. Reformula o ensino médio brasileiro.

Tal medida requer amplo debate envolvendo a sociedade. O uso de medida provisória fere o princípio de construção coletiva e o protagonismo da sociedade na formulação das políticas de interesse coletivo.

Ademais, a MP marginaliza disciplinas de base humanística, retrocede a formação integral de nossos jovens e adultos e ainda precariza o ensino, ao permitir o reconhecimento do “notório saber” para o exercício da docência.

2. PEC 241. Fixa limites de investimentos.

Restringir investimentos na manutenção e expansão da rede, desvincular percentuais constitucionais obrigatórios e abolir a destinação do percentual de 10% do PIB são ações que ferem a garantia do direito à educação pública e gratuita.

Há nítida contradição entre a MP 746 e a PEC 241, uma vez que a oferta de educação em tempo integral indicada na MP requer investimentos e não cortes. Além disso, entra na contramão, também, da formação humana integral ao romper a intrínseca relação entre a formação geral e a profissional, as quais estão na base da Educação Profissional, Técnica, Científica e Tecnológica da Rede Federal.

3. PL 257. Cortes de direitos trabalhistas.

Subtrair direitos dos trabalhadores representa um descompasso com a prioridade que requer a educação de qualidade aos brasileiros.

4. Quadro Orçamentário e Financeiro de 2016.

O funcionamento da rede está prejudicado, no ano em curso, em face dos cortes e da não liberação de limites orçamentários, impondo um quadro de insegurança institucional.

5. LOA 2017. A LOA não garante a fixação da matriz atual acrescida da incidência do IPCA, para assegurar o funcionamento da rede, como propõe o CONIF.

Ainda que tenhamos ciência da necessidade de melhorias no sistema educacional brasileiro, estas somente podem ser efetivadas com a ativa participação de toda a sociedade brasileira, em um diálogo contínuo e responsável com todas as instâncias de representação legítima do campo educacional. Além disso, reafirmamos os direitos trabalhistas e a necessidade de se garantir o financiamento da educação, na perspectiva da qualidade socialmente referenciada.

Nesse contexto, reafirmamos nosso posicionamento em defesa da educação como bem público e um direito de todo cidadão brasileiro, e entendemos também que a Rede precisa ser vista como política de Estado, transcendendo a quaisquer governos.

A sociedade brasileira precisa se colocar contra essas medidas que representam um retrocesso ao desenvolvimento humano sustentável no nosso país, pois, como falou Paulo Freire, “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”

IfpiIfpiFoto: Sindifpi

IFPI

Integrantes da  Diretoria do SINDIFPI participaram, na manhã de hoje (28/09), de Reunião com o Reitor do IFPI e membros de sua equipe, representantes do SINTAE IFPI e dos estudantes, com o objetivo de discutir sobre os ataques do governo Temer aos servidores públicos e direitos sociais.

A reunião teve como deliberações:

1. Participação de TODOS (DOCENTES, TAES E ESTUDANTES) na paralisação de amanhã dia 29/09.

2.Coletiva de imprensa para tratar da Reforma do Ensino Médio e da Pec 241/2016, que destrói os serviços públicos.

3.Seminário até  a primeira quinzena de outubro, com os reitores da UESPI, UFPI, IFPI, parlamentares federais, sindicatos, movimentos sociais e comunidade em geral para discutir a reforma do Ensino Médio e a Pec 241/2016.

4. Realizar campanha de defesa do Instituto Federal em todos os campi, realizando atividades para discutir com a comunidade dos municípios todos os ataques do governo e os riscos de funcionamento que os Instituto Federais estão passando nesse momento.
VAMOS TODOS JUNTOS NA DEFESA DE NOSSOS DIREITOS!

Paralisação da educação superior nessa quinta (29)Paralisação da educação superior nessa quinta (29)Foto: Divulgação

UFPI

Várias centrais sindicais, a exemplo da CSP-Conlutas, CTB e CUT, entre outras e vários sindicatos nacionais, a exemplo do ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE, estão organizando nos dias 22 e 29 de setembro do corrente ano, ATOS DE LUTA e manifestação com paralisações, assembléias ou ações de mobilização e esclarecimento às diversas categorias de funcionários públicos (federais, estaduais e municipais) assim como aos trabalhadores da iniciativa privada, sobre os diversos ataques feitos ao serviço público e aos trabalhadores em geral, manifestos, sobretudo, em propostas de reforma trabalhistas e previdenciárias que retiram direitos sociais histórica e arduamente conquistados.

Para o dia 29/09, a Diretoria da ADUFPI convoca todos os seus associados e demais docentes a realizarem Assembléia Geral Unificada, com a seguinte Pauta:

1. Análise da Atual Conjuntura;

2 . Os ataques do Governo à sociedade brasileira via reforma e cortes na Educação, Previdência e na CLT; A Diretoria da ADUFPI esclarece também que no momento, as diversas entidades sindicais que representam o funcionalismo público em geral, sobretudo aquelas ligadas à educação em âmbito federal (ANDES e FASUBRA) que não há neste momento discussões ou encaminhamentos com vistas a uma Greve nas IFES. O que ocorre neste contexto é uma tentativa de organização da deflagração de Greve Geral de todos os trabalhadores públicos e privados por todo o país diante da atual conjuntura política, econômica e social.

Paralisação da educação superior nessa quinta (29)Paralisação da educação superior nessa quinta (29)Foto: Divulgação

UESPI

A diretoria da Associação dos Docentes do Ensino Superior da Uespi (Adcesp) informou: Adcesp convida todo o corpo docente da Universidade Estadual do Piauí - UESPI, do interior e da capital para participar nesta quinta -feira (22) e dia no 29 de setembro da Greve Geral Nacional!

Por mais:

- CONCURSOS PÚBLICOS

- EDUCAÇÃO PÚBLICA ...

- DIREITOS SOCIAIS

- MELHORES SALÁRIOS

CONTRA A PLP 257 E A PEC 241

Some e contribua com esta luta!

Fonte: Samuel Brandão / Com informações da Adufpi, Adcesp e Institutos Federais

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