Tumor no ouvido pode comprimir o cérebro e matar

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 Quando se fala em tumor, as primeiras regiões corpóreas que costumam vir em mente são as mamas, próstata e pele. Apesar de não serem muito lembrados, os tumores no ouvido existem e podem aparecer tanto no ouvido interno, quanto no externo. Esses nódulos representam 7 % de todos os que se desenvolvem no crânio, e podem ser observados em diferentes partes do aparelho auditivo.

A doença não é restrita a alguma parte específica da orelha, podendo ser observada em diferentes partes, sendo que, como as células cancerosas se comportam de formas diferentes, os sintomas e as formas de tratamento vão variar de caso a caso.

Os tipos de cânceres e tumores que podem aparecer no aparelho auditivo são o câncer da orelha externa, que aparece sob a forma de úlcera progressiva na borda superior da orelha; o câncer do canal auditivo, que geralmente se encontra no estágio inicial e aparece no canal do ouvido, a partir de um tumor, geralmente na parte exterior, podendo aparecer também no interior do canal; câncer da orelha média, que também aparecer na entrada do canal do ouvido e costuma ser doloroso; e o tumor glômico, que é inofensivo na fase inicial, mas pode crescer progressivamente de forma dolorosa dentro na orelha média.

Alguns dos sinais mais comuns do problema são o surgimento de úlcera, inchaço ou caroço no pescoço, dor de ouvido, perda auditiva, secreção na orelha (muitas vezes, cheia de sangue), paralisia facial, zumbido e tontura. Caso o início do diagnóstico seja tardio e o tumor aumente, o cérebro poderá ser comprimido, dependendo do tipo, acarretando em outros sintomas, como o comprometimento do nervo facial ou o trigêmeo, que compõe os olhos, a boca e a mandíbula.

O diagnóstico rápido é feito através de uma ressonância magnética e também em testes de audição, incluindo a resposta auditiva do tronco cerebral, que analisa o trajeto dos impulsos nervosos até ao cérebro.
Atualmente, existem três opções de tratamento: os cirúrgicos, indicados para eliminar as células e tecidos, recomendados nos estágios iniciais; a radioterapia, indicada quando as células cancerosas já começaram a se espalhar, e a quimioterapia, utilizada para matar as células que já estão dissipadas, sendo que este tratamento é utilizado como a última opção, já que é o mais agressivo.

A maior desvantagem deste tipo de câncer é que os sintomas são facilmente confundidos com outras doenças, por isso, é extremamente importante que se consulte um oncologista logo após a manifestação dos primeiros sintomas. Para a oncologista clínica do INSTITUTO DE CÂNCER DE BRASÍLIA (ICB), Camila Tapia, isso ocorre porque os sintomas se sobrepõem a sintomas de uma infecção, sendo eles dor, diminuição da audição e com frequência, secreção no ouvido. “Na maioria das vezes o primeiro médico a diagnosticar é o otorrinolaringologista, através da história do paciente, do exame clínico do ouvido e exames de imagem, tais como tomografia computadorizada e ressonância magnética”, explica a médica.
Para a prevenção de tumores externos, é fundamental o uso do protetor de solar, além da não exposição do órgão, já que os raios ultravioletas ajudam a desencadear a doença.

Fonte: assessoria

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