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As manifestações de protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina prosseguem nesta sexta-feira (02). Neste momento, pelo menos 500 estudantes estão ocupando a pista do sentido Centro-Leste da Avenida Frei Serafim e o trânsito voltou a se complicar naquela via.

Com carro de som, os manifestantes gritam palavras de ordem contra o prefeito Elmano Ferrer, que não se pronunciou sobre os atos de vandalismo ocorridos ontem à tarde. Os manifestantes, a maioria estudantes, seguem rumo à ponte que liga o Centro à zona Leste. 

Cerca de 50 policiais militares acompanham de perto, seguindo logo atrás, mas ainda sem interferir no protesto, que chega ao quinto dia com um saldo negativo, já que nenhum dos lados quer ceder.
 
A prefeitura diz que não negocia sob pressão. Os estudantes garantem manter o protesto até que o preço da passagem seja reduzido.

Dez ônibus foram depredados desde o início do movimento, na segunda-feira (29), sendo que um foi completamente destruído pelo fogo, ontem à tarde, na zona Leste de Teresina.

Enquanto os manifestantes tentam ocupar a ponte, os donos das empresas de ônibus, temendo nova depredação, já retiraram parte da frota de circulação.
 
Ontem, depois que sete veículos foram depredados na Avenida Maranhão, toda a frota foi recolhida às garagens. A população, sem transporte, teve que retornar - do trabalho ou da escola - para casa de carona, de taxi, mototaxi. Como o trânsito ficou completamente congestionado, a maioria dos teresineses preferiu votar a pé para a casa. 

KARNAK - O governador Wilson Martins reuniu hoje, no Palácio de Karnak, o comando geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além de representantes do Setut e da Polícia Rodoviária Federal, para tentar colocar ordem na capital.

“Precisamos encontrar um denominador comum. É preciso a união da Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal para que seja mantida a ordem. Respeito a manifestação, mas não pode ter atentados contra a segurança", advertiu o governador Wilson Martins, após a reunião no Karnak.