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Alagamentos são constantes no período de chuvas em Teresina
Teresina não está preparada para o calor ou para a chuva. No calor: paradas de ônibus sem estrutura para conforto dos usuários, 90% da frota de ônibus de transporte público e metade das salas aula de escolas públicas sem ar condicionado. Na chuva: ruas alagadas, falta de galerias e falta de energia. São inúmeros os problemas que o teresinense tem que enfrentar por viver em uma terra de condições climáticas tão adversas.
Novo projeto para as paradas de ônibus de TeresinaFoto: Divulgação
Foto: Samuel Brandão
Com o período do B-R-O BRÓ e a intensificação do clima seco e das altas temperaturas, o teresinense reclama muito do calor, é quase que uma “mania” ou uma “puxada de assunto” conversar sobre o calor da cidade. Mas tirando o lado cômico, muitas estruturas do cotidiano da cidade não estão preparadas para possibilitar mais conforto nesses períodos de altas temperaturas. Um bom exemplo disso é o caso das novas paradas de ônibus da cidade que foram colocadas recentemente mas receberam algumas críticas por serem “pequenas”, a maioria delas também não foi colocdo o assento e não protegerem as pessoas da ação do sol.
Apenas 10 % do total de veículos que compõem a frota do transporte coletivo de Teresina possui ar-condicionadoFoto: Fábio Bus
Em relação ao transporte público, Teresina possui uma das tarifas mais altas do Brasil, R$ 2,75, e apenas 10 % de sua frota tem ar condicionado, isso mostra a falta de adaptação do serviço público municipal em dar conforto para os usuários nos períodos mais quentes do ano. Em outubro de 2015, 11 vereadores da câmara municipal, que é formada por 29 no total, votaram contra o projeto de Lei de autoria da vereadora CIda Santiago (PHS), que tratava sobre a climatização dos ônibus em Teresina.
Alunos em sala de aulaFoto: Reprodução/Google
Em Teresina, segundo informações da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), das 2.012 salas de aula que compõem a rede de escolas municipais de Teresina apenas 1.048 são climatizadas, o que corresponde a 52% do total. Muitos estudantes reclamam do calor que influencia no processo de ensino-aprendizagem.
Alagamentos nas principais avenidas são constantes por conta das chuvas em TeresinaFoto: Reprodução/WhatsApp
Em relação ao período de chuva, Teresina também mostra outros problemas: diversas avenidas e ruas da cidade ficam alagadas por falta de galerias e projetos de escoamento de água que abarquem o estudo do impacto nas bacias hidrográficas, além de uma legislação municipal mais atuante que aja sobre as construções privadas irregulares que impedem a drenagem dessas águas pluviais. Esses alagamentos causam muitos transtornos, prejuízo aos veículos, congestionamentos e até acidentes.
Obra da galeria da zona Leste está parada desde 2014 Foto: Divulgação
No ano de 2015, a prefeitura anunciou a construção de sete novas galerias que iriam resolver os transtornos causados pelos alagamentos. Porém, até agora, segundo a assessoria de Comunicação da secretaria municipal de Planejamento (SEMPLAN), as obras ainda estão em fase de elaboração e não há previsão para o início das mesmas.
Foto: Francisco Gilásio
Na última quinta-feira, dia 20, Teresina foi “abençoada” com uma forte chuva que amenizou a temperatura e apagou os diversos focos de incêndios que assolavam a zona rural da cidade, porém mais de 10 bairros ficaram sem energia e 31 semáforos ficaram desligados após problemas com o fornecimento de energia elétrica. A forte chuva provocou também a queda de postes de energia, outdoors, árvores e causou muita destruição. A falta de energia é uma constante no período de chuvas.
É preciso que o poder público tenha mais qualidade nos seus serviços, fazendo as devidas adaptações às mudanças climáticas que acontecem em Teresina, pois debaixo de sol e chuva, quem mais sente essas mudanças é o povo.
Fonte: Samuel Brandão
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