Temer cancela reunião com os 27 governadores e disponibilizar forças armadas aos Estados

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Presidente Temer

Ao invés de receber todos os 27 governadores para discutir o colapso no sistema penitenciário brasileiro, uma “bomba” que ameaça explodir a qualquer momento, o presidente Michel Temer decidiu fazer encontros regionais para discutir a situação em cada estado. O Ministério da Justiça cancelou a assinatura do Plano Nacional de Segurança pelos governadores, informando que a decisão atendeu a pedido de vários governadores.

Nesta quarta-feira (18), Temer vai receber em seu gabinete no Palácio do Planalto, em Brasília oito governadores de estados das regiões Norte e Centro-Oeste para discutir o caos nas penitenciárias estaduais, depois das várias rebeliões e das mais de 120 mortes de presos, provocadas por disputas entre facções rivais que dominaram os presídios pelo país.

A governadora (em exercício) Margarete Coelho vai repassar o cargo ao governador Wellington Dias, que retornou de viagem à Alemanha e Portugal. Ela foi a Brasília para debater a questão do sistema prisional nos estados, durante o Fórum de Governadores, mas não participa da audiência com Temer. Foram convidados apenas os governadores Tião Viana (AC), José Melo (AM), Pedro Taques (MT), Reinaldo Azambuja (MS), Simão Jatene (PA), Confúcio Moura (RO), Suely Campos (RR) e Marcelo Miranda (TO).

Ontem, Michel Temer também colocou as Forças Armadas à disposição dos governadores de todo o país para operações específicas em presídios. Há cerca de dez dias, o governo federal lançou o Plano Nacional de Segurança, com medidas para combater o crime no país, que incluem a implementação de centros de inteligência integrados das polícias nas capitais; a criação de forças-tarefa no Ministério Público para investigações de homicídios; e o fortalecimento do combate ao tráfico de armas e drogas nas fronteiras.

Antes de cancelar a reunião com os governadores, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, presidiu uma reunião no gabinete dele com secretários de Segurança Pública para discutir pontos do plano que dependem de implementação em conjunto com os governos estaduais.

Fonte: Redação