Economia

TCU e reitores discutem problemas nos HUs e fundações de apoio

Piauí Hoje

Domingo - 02/12/2007 às 03:12



Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), reitores das universidades públicas e representantes do governo se reuniram nesta semana para debater soluções aos principais problemas enfrentados pelas instituições de ensino, durante a realização do 1º Fórum sobre as Instituições Federais de Ensino Superior. Escassez de recursos, falta de pessoal e as dificuldades no gerenciamento de hospitais universitários foram os principais pontos de discussão.De acordo com o ministro do TCU, Aroldo Cedraz, um dos principais assuntos debatidos foi o funcionamento regular dos hospitais universitários. Segundo o ministro, eles correspondem a 25% dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Nós precisamos encontrar saídas porque, senão, daqui a alguns dias, teremos um \'apagão\' na saúde. Esses hospitais são responsáveis por um atendimento muito abrangente em todo o Brasil". O ministro disse que, muitas vezes, as universidades têm as contas julgadas irregulares por causa de contratações sem licitação pública. "Esses hospitais têm que fazer, muitas vezes, substituições em seu quadro pessoal, sem ser de forma correta", acrescentou. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Arquimedes Diógenes Filone, explicou que as dificuldades estão ligadas às disposições orçamentárias. "Sabemos que cometemos ilegalidade de contratar funcionários seletistas, por meio de fundações de apoio, para manter nossos hospitais abertos. O Tribunal de Contas vem sendo sensível a esta questão, embora cumpra seu papel apontando a irregularidade". Filone argumentou que o quadro efetivo das universidades sofre muitas perdas. De acordo com ele, vários servidores se aposentam, ou abandonam o serviço público, deixando buracos no atendimento. "Aí, para manter o hospital funcionando, o gestor é obrigado a contratar reposição de pessoal, já que o governo não nos dá velocidade para evitarmos esse ato. Então, deixamos de pagar os fornecedores em dia, o que gera um endividamento". De acordo com o ministro do TCU, o tribunal e os reitores se reuniram para tentar encontrar soluções conjuntas e alternativas que flexibilizem o modelo de prestação de contas das universidades. "O governo já vem tentando flexibilizar esse modelo, o TCU também tem sido sensível ao permitir que muitas das atividades universitárias não parem", garantiu Cedraz.O ministro também falou sobre a necessidade de manter os recursos para as universidades. "Recurso para educação, saúde, ciência e tecnologia não podem, de forma nenhuma, ser contingenciado", defendeu.

Fonte: Agência Brasil

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