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Soldados americanos chegam à Síria para apoiar forças curdas

soldados americanos apoiam tropas curdas

Sexta - 27/11/2015 às 22:11



 Soldados americanos chegaram à cidade de Kobane, no norte da Síria, para treinar e apoiar combatentes curdos, prevendo novas ofensivas contra o grupo Estado Islâmico (EI) - informaram fontes curdas  ontem.
Os soldados americanos terão como missão "planejar" ofensivas contra duas cidades nas mãos do EI: Jarablus e Raqa, no norte, relatou à AFP uma fonte das Unidades de Proteção do Povo Curdo, a principal milícia curdo-síria.
Um ativista em Kobane, Mustafá Abdi, confirmou a entrada desses instrutores americanos "nas últimas horas".
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, anunciou "a chegada de mais de 50 instrutores americanos no norte e nordeste da Síria".
Abdel Rahman afirmou que 30 "estavam atualmente em Kobane", e os outros, na província de Hasake, mais a leste.
O ativista completou que os americanos chegaram em dois grupos, nos últimos dias, procedentes da Turquia e do Curdistão iraquiano.
"Devem se reunir em Kobane para treinar as Forças Democráticas da Síria (FDS)", formadas por facções árabes e curdas, completou.
No mês passado, os Estados Unidos anunciaram que queriam enviar à Síria dezenas de soldados de suas forças especiais.
No domingo, Brett McGurl, enviado especial do presidente americano para a coalizão internacional contra o grupo EI, havia informado que os soldados chegariam "muito em breve" à região.
Sua tarefa é "organizar" as forças locais que combatem o EI no norte da Síria, declarou o diplomata.
Trata-se da primeira mobilização oficial das forças americanas em terra na Síria, desde o início do esforço de guerra internacional contra o EI.
Os soldados americanos prestaram apoio a uma coalizão árabe-curda composta pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo, grupos árabes e cristãos assírios.
Estas forças locais curdas e árabes já "realizaram uma operação muito bem-sucedida", mediante a qual retomaram mais de 1.000 quilômetros quadrados de território no norte da Síria e "mataram cerca de 300 combatentes do grupo Estado Islâmico", segundo McGurk.
A médio prazo, o objetivo é "isolar" e "estrangular" Raqa, considerada a capital do EI. Também se tentará cortar o acesso do EI à fronteira síria e o eixo entre Raqa e Mossul, no Iraque, outra cidade-chave do grupo Estado Islâmico.
Os Estados Unidos anunciaram oficialmente em maio sua primeira operação no terreno contra o EI na Síria, que matou dezenas de jihadistas, entre eles um alto responsável do EI, em Al Omar, no centro do país.
No Iraque, centenas de instrutores americanos apoiam as tropas iraquianas e alguns ajudaram combatentes curdos a reconquistar a cidade de Sinjar (norte), com o que cortaram uma importante rota dos jihadistas entre Iraque e Síria.

Fonte: agencias

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