Polícia

Sinpoljuspi denuncia que PM usa armas da Custódia para rondas ostensivas

Um preso foi enforcado durante a madrugada e não havia armas para os 12 agentes de plantão

Sexta - 03/02/2017 às 12:02



Foto: Paulo Pincel Presidente do Sinpoljuspi, José Roberto Pereira
Presidente do Sinpoljuspi, José Roberto Pereira

O presidente do Sindicato os Agentes Penitenciários do Estado do Piauí, José Roberto Pereira, esteve na manhã desta sexta-feira (3), no gabinete do secretário de Estado da Justiça, Daniel Oliveira, para denunciar que o diretor da Casa de Custódia, Tenente PM Jean Carlo Bezerra, estaria liberando as armas que deveriam permanecer na unidade prisional para a Polícia Militar fazer o policiamento ostensivo em Teresina.

Conforme informações repassadas pelos agentes que trabalham na Casa de Custódia, a direção da unidade liberou as armas, que deveriam ficar à disposição dos agentes plantonistas, para serem usadas pela Polícia Militar no poiliciamento ostensivos nas ruas de Teresina.

Outra morte

O Sinpoljuspi também denunciou que o detento Itallo Messias Araújo Carvalho, encontrado enforcado com uma “teresa” (corda feita com tiras de lençol), por volta das 3h30 da madrugada de hoje, na cela 12 do Pavilhão H, da Casa de Custódia, teria solicitado sua transferência à direção daquele estabelecimento prisional alegando risco de ser assassinado.

O policial militar que fica na passarela que divide os pavilhões percebeu uma movimentação estranha e acionou os agentes que entraram no pavilhão “sem nenhuma gilete” porque as armas teriam sido liberadas para Polícia Militar fazer patrulhamento ostensivo na capital.

Mesmo desarmados, agentes penitenciários entraram na cela e perceberam que havia um preso morto. O preso estava enforcado na grade da cela. O preso lá permaneceu até o início da manhã de hoje. O IML foi chamado e fez a remoção do corpo, onde havia marcas hematomas, comprovando que o preso foi torturado antes de ser assassinado.

O presidente do Sinpoljuspi aguardava o secretário para formalizar a denúncia e cobrar a investigação dos fatos.

Fonte: Redação

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