Geral

Sindicato realiza manifestação contra o fechamento de três agências do BB em Teresina

Além das três agências em Teresina, outras quatro serão tramnsformadas em postos de atendimento no Piauí

Terça - 20/12/2016 às 18:12



Foto: Divulgação / Sindicato dos Bancários Sindicato é contra o fechamento de agências no Piauí
Sindicato é contra o fechamento de agências no Piauí

Na manhã desta terça-feira (20/12), o Sindicato dos Bancários aliado à lideranças comunitárias e a população fizeram manifestação contra o fechamento de três agências bancárias em Teresina e mais quatro no interior do Estado.

A manifestação aconteceu em frente ao BB da Av. União, no bairro Memorare, desta vez com amplo apoio e participação da população e lideranças comunitárias dos bairros próximos à agência que, segundo o processo de reestruturação imposto pela direção do banco, será extinta, apesar de ser de fundamental importância para toda zona Norte de Teresina.

No Piauí, a reestruturação imposta pela direção do Bando do Brasil fechará três agências na capital (BB Av. União, Heróis do Jenipapo e Poti) e reduzirá a postos de atendimento quatro outras agências no interior do Estado (Angical, São Pedro, Inhuma e Francisco Santos), processo que só será revertido se houver ampla mobilização de trabalhadores e sociedade, o que começa a acontecer.

Segundo o presidente do Sindicato dos bancários do Piauí, Arimatea Passos. “O foco do Sindicato, entre outras coisas, é defender os bancários, mas também alertar a população sobre o tipo de procedimento que um governo ilegítimo está tomando por desconhecer e desrespeitar as necessidades da população mais carente. Estamos interagindo com a população para que ela reaja, possa fazer alguma coisa, e hoje tivemos aqui lideranças de bairros e comerciantes que estão se envolvendo, assinado o abaixo-assinado para tentar reverter esta situação”, disse.

 

População e Sindicato juntos

 O diretor sindical João Neto

João Neto, diretor sindical                          Foto: Divulgação Sindicato dos Bancários

O diretor sindical João Neto, falou sobre o perigo que esse processo representa e quanto isso é um claro caminho para a privatização de mais uma empresa pública – como se viu na década de noventa em que muitas empresas públicas foram privatizadas para prejuízo da população – e o quanto o fechamento da agência prejudicará toda a zona Norte da cidade e a população mais carente. Na manifestação de hoje foi feito um abaixo-assinado que será encaminhado à superintendência do Banco do Brasil no Piauí, à direção do banco, em Brasília, aos órgãos de proteção do consumidor e levado para a audiência pública no Ministério Público estadual, no dia 20 de janeiro de 2017.

“Chamamos as comunidades do entorno da agência da Avenida União e a comunidade está respondendo, tanto é que temos várias assinaturas nesse abaixo-assinado. É importante a participação e o envolvimento de comunidade e sindicato nesse momento, para que a gente mantenha as unidades do Banco do Brasil funcionando a pleno vapor, para um bom atendimento aos aposentados, àquelas pessoas que mais necessitam de uma unidade bancária fazendo o serviço social que é característico de cada banco público. Estamos aqui e quantas vezes forem necessárias nós voltaremos à porta das agências para barrar esse fechamento absurdo promovido por um governo ilegítimo que quer entregar o patrimônio público para a mão da iniciativa privada”, afirmou João Neto.

A comunidade atendeu ao chamado do sindicato e entrou na luta pela permanência da agência. A empresária e moradora da comunidade, Ana Eliza, abraçou a causa e entrou na luta. Eliza lembrou o quanto a comunidade esperou e comemorou a vinda da agência, e que agora é tomada de raiva e tristeza por causa desta decisão sem consultar os moradores. “Desde que foi construída eu fiquei esperando que fosse inaugurada, tanto que deixei um bilhetinho dizendo ‘abram logo essa agência’. Meu marido tem 83 anos, eu também sou idosa, então, ter uma agência perto da gente é muito importante. Quando eu soube disso, fiquei com raiva, porque esses políticos e banqueiros só veem o lado deles, não veem o lado das pessoas que se beneficiam com este tipo de empreendimento próximo da sua casa. Não sei quais critérios que ele usam, simplesmente decidem fechar sem ouvir a população. Todo mundo abriu a conta no banco por ser perto de suas casas, isso é um absurdo, eu estou aqui e vou levar essa luta aonde eu for. Eu deixei de trabalhar para vir ajudar, porque isso é um absurdo e o que eu puder fazer eu faço para reverter essa situação.

Fonte: Sindicato dos bancários

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: