Educação

Sindicato quer esclarecimentos para mortes em presídios

Piauí Hoje

Segunda - 16/02/2009 às 03:02



A morte do presidiário Francisco da Cruz Pereira de Carvalho, de 33 anos, que teria cometido suicídio na tarde do dia 04 de fevereiro em recinto da Colônia Agrícola Major César de Oliveira, em Altos (42 km de Teresina), alerta para uma situação grave que tem ocorrido no sistema penitenciário do Piauí sem que nenhuma autoridade tome providência. Segundo o SINPOLJUSPI, nos últimos seis anos, cerca de oito detentos morreram nos estabelecimentos penais do estado sob a alegação de suicídio, mas não se tem conhecimento de que as mortes tenham sido esclarecidas completamente."É necessário que a OAB, através da Comissão de Direitos Humanos, possa averiguar mais de perto essa realidade do sistema penitenciário, pois estamos vivendo uma situação fora do normal com essas mortes", comenta o presidente do SINPOLJUSPI, Jacinto Teles Coutinho.O sindicalista quer saber o porquê não há ouvidoria nem corregedoria no sistema penitenciário do Piauí, como acontece em outros estados. "É muita indiferença por parte do Governo do Estado diante de um problema tão grave. Esses dois setores ajudariam a melhorar a qualidade dos serviços nos estabelecimentos penais, com certeza", enfatiza Jacinto Teles.Sobre a morte de Francisco da Cruz, a mais recente, há duas versões para a morte dele. Uma é que ele teria cometido suicídio por não ter recebido a dívida de um servidor do presídio, a quem tinha emprestado dinheiro.A outra é que estava tendo um caso amoroso com a mulher de outro detento e que teria dado uma TV de presente a ela, que por sua vez deu ao marido, que usou o aparelho para pagar uma dívida. Depois, Cruz foi encontrado morto.

Fonte: Sinpoljuspi

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: