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Silvio Mendes compara HUT a mercado sem insumos

A informação é do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí

Quarta - 04/07/2018 às 12:07



Foto: SIMEPI HUT
HUT

Em recente entrevista a uma rádio da capital, Silvio Mendes, presidente da Fundação Municipal de Saúde, comparou o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) a um supermercado de médio porte, em comentário sobre a falta de insumos, um dos pontos que os médicos servidores públicos vêm reivindicando após diversas denúncias feitas ao Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), e que considera normal a falta desses itens.

Na entrevista, Silvio Mendes cita “[…] só o HUT ele tem mais de 1.500 itens, tem mais que um supermercado de médio porte. É natural que uma vez ou outra, aqui ou acolá, se falte, porque os fornecedores não entregam os remédios, os insumos que nós compramos […]”.

Recentemente, o Ministério Público do Piauí ingressou ação contra a FMS para garantir regularização do estoque de medicamentos do HUT. De acordo com o Promotor de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes, os estoques irregulares, deficiências de recursos materiais e humanos colocam as vidas dos pacientes atendidos no HUT em risco.

“Nosso trabalho é focado nas demandas coletivas e individuais, priorizando as coletivas por sua abrangência. Dentro dessas demandas coletivas, temos diversas ações judiciais e procedimentos administrativos. Estamos aguardando o posicionamento do poder judiciário em relação a demandas importantes, como ações civis públicas referentes a alguns setores do Hospital de Urgência de Teresina e hospitais de bairro”, comentou o Promotor.

Tratando desse assunto, a diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) se reuniu no MPPI para apresentar os relatórios das fiscalizações realizadas nos hospitais municipais e para abordar sobre os pontos em que a categoria médica vem reivindicando em todas as paralisações de advertência nos últimos dois meses.

“É lamentável essa colocação do gestor quando ele compara o Hospital de Urgência de Teresina a um supermercado, dizendo, inclusive, que é normal faltar itens, isso se tratando de medicamentos que podem determinar se o paciente vai sobreviver ou não. Comparar vidas humanas a mercadorias é realmente uma coisa impensável e o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí só tem a lamentar essa triste colocação do presidente da Fundação Municipal de Saúde”, declarou Samuel Rêgo, presidente do SIMEPI.

Fonte: SIMEPI

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