Sílvio Mendes desembarca no PP e já admite conversar sobre disputar o governo em 2018


Sílvio Mendes será o presidente da Fundação Municipal de Saúde

Sílvio Mendes será o presidente da Fundação Municipal de Saúde Foto: PMT

Um dos novos quadros do Partido Progressistas a partir de segunda-feira (20), o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, tem se esquivado da insistência dos repórteres sobre uma eventual candidatura sua ao Governo do Estado em 2018.

Depois de “desaparecer”, após ser derrotado no segundo turno das eleições de 2010 pelo então governador Wilson Martins, Sílvio Mendes volta à cena política em grande estilo, apoiado pelo senador Ciro Nogueira. E tem tudo para ser o nome do PP na disputa pelo governo do Piauí. E disse que se for procurado, "a gente conversa". 

A filiação de Sílvio Mendes foi a gota d’água nas relações PP/PT. Se não o principal motivo de um quase rompimento, foi fator agravante no arrefecimento das negociações do PP com o governo Wellington Dias. O entusiasmo que havia entre os dois lados não existe mais. E ninguém esconde que o acordo fez água. "Trincou", como resumiu a vice-governador Margerete Coelho.

O PP, ainda mais revigorado com a entrada de Sílvio, Lucy e Washington Bonfim, reclamou maior participação no governo. E parecia que seria atendido. Não foi.

PT escaldado

O Partido dos Trabalhadores do Piauí, com medo de ser traído, como tem repetido a senadora Regina Sousa [lembrando a "traição" contra a presidenta Dilma Rousseff, cassada com o apoio do PP e PMDB], pressionou para que os petistas secretários não fossem defenestrados dos cargos.

“Fica Francisco” e [mais recente] “Fica Henrique” ganharam as redes sociais e a porta do Palácio de Karnak. Campanhas patrocinadas mobilizaram cabos eleitorais e servidores em defesa dos chefes. E do próprio emprego. Sem coragem de mostrar a cara, nem tutano para peitar o governador e dizer que não aceitam “golpistas” [como o PT chama o PP, PMDB, PSB, DEM e outros, mas só por trás dos panos] na Saúde, na Sasc, no DER, enfim, como diria o próprio Wellington, os líderes petistas usaram a militância para fazer pressão.       

Francisco fica

As relações entre o partido e o governo foram ainda mais arranhadas depois que o governador fez rasgados elogios ao secretário de Saúde, médico Francisco Costa, que já tinha esvaziado as gavetas para dar lugar ao novo gestor da pasta, indicação do PP. Foi na terça-feira (14), em Uruçui, no Sul do Piauí, quando Dias disse que Francisco Costa era “um ótimo secretário e que com toda a certeza vai seguir trabalhando como secretário de Saúde”.

Oferecido

O presidente do PP no Piauí, deputado Júlio Arcoverde, tratou de colocar as coisas no devido lugar: quem se ofereceu ao PP foi o Wellington. “O PP não exigiu cargo algum ao ele”.

O deputado federal José Maia Filho, o Mainha, nas entrelinhas, acabou de entregar o jogo. O partido, segundo ele, cresce nacionalmente e aqui também no estado. “Nosso partido está se preparando para fazer o protagonismo na política do Piauí”. Precisa dizer mais alguma coisa?

Umbigo

Enquanto o PP, com a ajuda do próprio PT, se arma de tudo quanto é argumento para desembarcar do governo, algumas pessoas , mal acostumadas ao poder, seguem olhando para o umbigo, pensando no hoje, agarradas aos cargos, como se fossem os donos da bola. Esquecem que o jogo termina daqui a dois anos. E tem time se reforçando para a nova partida, que será disputada em 7 de outubro de 2018. Cargo ou governo? O que é mais importante? Se esse time que está aí perder, vai ficar sem bola, sem poder, sem nada. O time todo cai fora, inclusive os cartolas, a comissão técnica e boa parte da torcida.   

Fonte: Redação

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