Sesapi. Piauí registra cerca de 155 casos de hepatites em 2015

Piauí registra 155 casos de em 2015


Em 2015, o Piauí registrou 155 casos de hepatites. Do total, 21 foram identificados como hepatite A, 28 como hepatite B, 40 da hepatite C e um caso do tipo B+C, os demais sob investigação. Em 2014, foram diagnosticados 252 casos.

As hepatites são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando surgem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

“O diagnóstico da hepatite é realizado principalmente através de exames laboratoriais. Porém, para avaliar se a hepatite é realmente viral, recomenda-se a realização de exames sorológicos”, disse Amélia Costa, coordenadora Estadual de Epidemiologia.

Em Teresina, no Centro de Testagem e Acolhimento(CTA), a realização de testes que diagnosticam as hepatites B e C é feito gratuitamente. Para a coordenadora do Centro, Cristiana Rocha, o procedimento é simples. “Os interessados em fazer o exame devem portar um documento original com foto. Quem tiver o cartão do SUS também deve levá-lo”, esclarece. O CTA funciona na Rua 24 de Janeiro, de segunda a quinta-feira, das 8h às 12h45 e nas sextas, de 8h às 11h, e das 11h as 13h expediente interno.

Com o diagnóstico positivo-reagente, o tratamento das hepatites pode ser feito no Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela e Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo. Já o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI) acompanha exclusivamente os casos de B e C. “Dispomos de atendimento ambulatorial e, quando há necessidade, também fazemos a internação”, disse Elna Joelane, diretora clínica do Hospital Natan Portela.

Hepatite A
É a hepatite mais comum. Geralmente é assintomática em crianças, mas geralmente sintomática em adultos. A transmissão transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. A melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.

Hepatite B
Do ponto de vista clínico é bem tolerada, assim como a hepatite A, mas pode acarretar consequências para o organismo e para o fígado e outros órgãos anexos (hepatite crônica, cirrose, hipertensão do sistema venoso portal, hiperesplenismo, etc). O indivíduo se contamina por tatuagens ou relações sexuais com indivíduos portadores do vírus). De um modo geral, cerca de 90% dos infectados pelo vírus da Hepatite B se recuperam de sua fase aguda e os restantes 10% sofrem consequências graves.

Hepatite C
É transmitida por via sanguínea, não havendo evidências seguras de sua transmissão salivar ou pelo sêmen. Suas manifestações ocorrem entre duas semanas a seis meses. Em 45% dos pacientes a hepatite C torna-se crônica e metade deles evoluem para cirrose, se não tratados a tempo. A exemplo da Hepatite B, a hepatite C também pode levar ao câncer hepático após longos anos de evolução. Sua mortalidade se associa mais às mulheres.

Fonte: CCOM

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