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Servidores protestam contra atrasos e ameaçam não iniciar ano letivo

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Sexta - 16/01/2015 às 15:01



Foto: Arquivo/Piauihoje Professor em sala de aula
Professor em sala de aula
Servidores da educação do município de São Pedro do Piauí, a 107 km de Teresina, ameaçam não começar o ano letivo 2015, previsto para iniciar no dia 9 de fevereiro. Eles denunciam o atraso nos salários de novembro e dezembro de 2014 e pagamento das férias. Revoltados com a situação, os docentes saíram às ruas da cidade na manhã desta sexta-feira (16) para protestar contra os atrasos e cobrar soluções da prefeitura. A possível greve pode prejudicar os quase 3 mil alunos da rede pública de ensino do município.

A manifestação começou em uma das entradas da cidade e os manifestantes percorreram algumas vias, principalmente a avenida principal. Com faixas, carros de som e motos, os servidores tentam chamar a atenção da administração municipal para o problema. De acordo com a professora Socorro Teixeira, a previsão é de que o pagamento de janeiro também atrase e torne a situação ainda pior.

“No dia 12 tivemos uma reunião com o prefeito e ele disse que não tem condições de pagar os salários atrasados, pois as despesas do município são maiores que os recursos recebidos”, contou a professora. Segundo ela, os docentes podem cruzar os braços em fevereiro.

“Essa manifestação é para chamarmos a atenção sobre o descaso na educação de São Pedro do Piauí e protestarmos contra a postura do prefeito em não querer resolver”, desabafou Socorro Teixeira. O sentimento de indignação também está estampado no rosto da professora Maria Benedita da Silva.

Segundo ela, os servidores estão tristes com a falta de atenção dada pelo município.

“Alguns servidores estão até com depressão, pois estão devendo e não podem pagar. Isso é humilhante. Praticamente não tivemos férias, pois como iríamos viajar ou se divertir se não temos dinheiro nem para comer?”, questionou Benedita.

A ameaça de greve dos docentes preocupa pais e responsáveis pelos estudantes. Avó de duas meninas matriculadas no ensino fundamental, a agricultora Esmeraldina da Cruz não esconde a inquietação. “Eu fico preocupada, pois não tenho certeza se minhas netas vão estudar ou não caso eles parem. A culpa é do povo que elegeu um gestor desses”, reclamou.

Durante a passeata, os servidores pararam em frente a prefeitura do município no intuito de serem recebidos por alguém da administração, mas não conseguiram. Na semana passada, os docentes pediram no Ministério Público o bloqueio das contas do município como forma de pressionar o prefeito.

Ao todo, são 316 servidores lotados da Secretaria de Educação do município. A reportagem do G1 procurou o prefeito e a secretária de educação de São Pedro do Piauí, mas foi informada de que ambos não se encontravam na cidade.

Fonte: globo.com

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