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A realização de uma consulta popular, financiamento público de campanha e coincidência de mandatos são as principais dúvidas sobre o projeto de reforma política que será votado ainda este ano no Congresso Nacional. E para explicar os pontos mais polêmicos do projeto de lei, a senadora e presidente do Diretório Estadual do PT, Regina Sousa, visitou no final de semana os municípios de Picos e Oeiras, no sul do Estado. Ela conversou com parlamentares, representantes da sociedade civil organizada, militantes e simpatizantes do PT.

A assistente social Francisca Maria Vieira Leal Lisboa, de Aroeiras do Itaim, disse que a principal dúvida é se a reforma política a ser votada vai satisfazer a população de forma que ela volte a acreditar na importância dos políticos. A servidora pública é a favor do financiamento público de campanhas, do fim das coligações proporcionais e é contra o voto distrital, pois defende que o político tem que se movimentar por todo o Estado. Francisca Vieira defende a realização de uma consulta popular por ser uma forma democrática da população se manifestar sobre os principais pontos do projeto de lei.

Já o vendedor Luís Teixeira, de Geminiano, é a favor do voto distrital, porque o parlamentar prioriza a região em que foi eleito. Ele também defende o financiamento público de campanha por dar direitos iguais aos candidatos e o fim da reeleição, mas a dúvida é quando começa a vigorar.

O vereador de Oeiras e estudante de Direito, Aldemar Marinho de Matos, contou que a dúvida é em relação ao financiamento público de campanha e a coincidência de mandatos. Ele disse que ainda não sabe como ficará o Fundo Partidário e quando começa a valer a coincidência de mandatos.

A senadora explicou que o Partido dos Trabalhadores defende a consulta popular e que a população irá opinar sobre os principais pontos do projeto, como participação das mulheres, fim da reeleição, voto distrital, fim das coligações proporcionais e financiamento público de campanha. Regina Sousa disse o fim da reeleição é consenso entre os partidos, mas falta definir quando começa a coincidência de mandatos. Já o voto facultativo e o voto distrital não é consenso. “O que nós defendemos é uma consulta popular para que a população se manifeste sobre a reforma que deseja.”

Em Oeiras, o debate teve a participação do deputado federal Assis Carvalho que reforçou os pontos em que o PT defende no projeto de lei que deve ser votado até agosto deste ano. Além de Picos e Oeiras, participaram do evento representantes de Aroeiras do Itaim, Geminiano, Colônia do Piauí, São Francisco de Assis, São João da Varjota, Santa Rosa e Francisco Santos.